Professores fazem protesto por mais vacinas após docente morrer de Covid
Manifestação em frente à Câmara Municipal foi organizada pelo sindicato dos servidores públicos da cidade
O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) realizou nesta segunda-feira (7) um ato em frente à Câmara Municipal de São Paulo por conta da morte de uma professora da rede municipal por Covid-19. Os manifestantes também reivindicaram a vacinação geral da categoria.
“O Sindsep lamenta a perda de mais uma professora das redes municipal e estadual de ensino em São Paulo, vítima de Covid-19”, diz o sindicato, em nota divulgada nesta segunda.
Segundo a instituição, a professora Gisneide Tavares, de 43 anos, faleceu na última quarta-feira (2), por conta da Covid-19. Ela não tomou nenhuma dose de vacinas contra a doença e trabalhava presencialmente. A docente ensinava artes nas escolas EMEF Deputado Rogê Ferreira e da EE Prof. Candido Gonçalves Gomide.
Em nota, a prefeitura lamentou a morte de Gisneide e exaltou o trabalho de professores (confira íntegra da nota abaixo). Segundo a Secretaria Estadual de Educação, a vacinação dos professores da educação básica de 45 e 46 anos começa nesta quarta-feira (9), em todo o estado.
O Sindsep afirma que Gisneide “era alegre, gostava da vida, estava feliz com o casamento com Alessandro Ataide e amava seus alunos”. No ato desta segunda, organizado pelo Sindsep, os professores e funcionários da educação ligados à instituição exibiam placas e cartazes pedindo vacina para todos os professores da cidade e a “volta às aulas presenciais com segurança”.
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O sindicato ainda informou que alunos e ex-alunos da EMEF Deputado Rogê prestaram homenagens à professora na porta da escola, com flores e cartaz com a palavra “luto” escrita em letras garrafais. “É preciso que o governo garanta vacinação para todos já, testagem em massa, auxílio emergencial decente e condições para o ensino remoto até que a pandemia esteja sob controle”, finaliza o Sindsep.
Confira íntegra da nota da prefeitura sobre o caso:
“A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipais de Educação e de Saúde, lamentam a morte da professora e enaltecem o trabalho destes profissionais que educam, ensinam e auxiliam na formação do caráter das crianças da cidade de São Paulo e sãos solidários à família.
Secretaria Municipal da Educação (SME) esclarece que segue as orientações e protocolos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com atendimento presencial de até 35% nas unidades, uso obrigatório de equipamentos de proteção e seguindo o decreto de Nº 60.058 de 27 de janeiro de 2021.
A SMS informa que até o momento na capital para os profissionais de educação, foram aplicadas 80.597 doses (1ª dose) e 51.585 (2ª dose).Na população em geral, até este domingo (6), foram aplicadas 5.296.727 doses, sendo 3.652.027 (1ª dose) e 1.644.700 (2ª dose).”
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