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Vejinha premia os melhores ambientes da CASACOR; conheça os ganhadores

A principal mostra de arquitetura de interiores do país teve edição histórica no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, e atraiu 115 000 pessoas

Oferecimento de: Atualizado em 27 Maio 2024, 21h34 - Publicado em 8 set 2022, 21h00
Barbara Dundes posa sentada, com as pernas cruzadas sorrindo
Barbara Dundes: autora do melhor estúdio do evento (Wanezza Soares/Veja SP)
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Não foi apenas mais uma CASACOR. A 35ª edição da mostra, que termina no dia 11, fica para os registros como uma das mais acertadas da trajetória do evento. Pela primeira vez, ela ocupou o mezanino do histórico edifício do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, um espaço de mais de 10 000 metros quadrados que andava abandonado havia uma década.

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“Estava totalmente deteriorado, mas tinha uma beleza industrial, que escolhemos usar nos ambientes”, conta André Secchin, diretor da mostra. “O
endereço é democrático, os visitantes chegavam naturalmente”, diz. A aposta deu certo.

O evento atraiu 115 000 pessoas, alta de 43% sobre o ano passado e 16% sobre 2019, no pré-pandemia — quando se revezou entre o Allianz Parque e o Jockey Club. Além disso, é a edição que mais abraçou a diversidade, com uma turma numerosa de arquitetos jovens e de diferentes representatividades.

Para coroar um ano elogiado, um time de nove jurados participou de uma premiação inédita, o Prêmio VEJA SP de Melhor Ambiente CASACOR, que passa a eleger os destaques da principal mostra de arquitetura de interiores da América Latina.

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A votação teve nove categorias (como melhor estúdio e melhor cozinha integrada), nas quais concorreram 59 ambientes criados por 68 arquitetos, decoradores e paisagistas. “Foi uma edição muito autoral, os profissionais fizeram questão de expressar suas vozes e personalidades”, diz Alexandre Salles, jurado do prêmio e coordenador no Instituto Europeo di Design. Os vencedores estão na edição da semana — e também aqui, no site da Vejinha, que também terá a cobertura do coquetel de premiação, feito na quinta (8) no Bar Caracol da CASACOR.

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Antes que as luzes se apaguem no mezanino do Conjunto Nacional, VEJA SP antecipa uma novidade: a organização da CASACOR fechou um acordo com os administradores do espaço para que o evento continue lá em 2023. “O prédio é um ícone do modernismo, o que ajudou a tornar a edição especial”, diz Helena Montanarini, curadora de moda e estilo. “É importante trazer o design, a arte e a decoração para um lugar tão importante e acessível”, completa o arquiteto e apresentador Guto Requena — ambos jurados do prêmio.

Até que chegue o ano que vem, no entanto, quem dita as tendências do segmento — cheias de tons terrosos, tecidos artesanais, formas arredondadas e apelo ao aconchego — são os profissionais em destaque a seguir.

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MELHOR LOFT OU CASA

Sertão Portinari, de Nildo José

Nascido em Feira de Santana (BA), Nildo José, 34, homenageou o sertão no ambiente eleito melhor casa ou loft. As cores são inspiradas em O Cangaceiro, quadro de Cândido Portinari. “Só usei móveis e objetos de produção nacional.”

Nildo José

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MELHOR COZINHA INTEGRADA OU ESPAÇO GOURMET

Casa ETÉ Duratex, da Todos Arquitetura

A melhor cozinha integrada da CASACOR é colorida, de alma brasileira, feita totalmente com itens de produção nacional. “Tem diversidade de materiais e de referências”, diz Maurício Arruda, 49, sócio da Todos Arquitetura.

Arruda e o sócioFábio Motta
Arruda e o sócio Fábio Motta: só produção nacional (Alexandre Battibugli/Veja SP)

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MELHOR ILHA DE BEM-ESTAR E PAISAGISMO

Senses Hall Deca, de Roberto Migotto

A CASACOR deste ano trouxe nove jardins e “ilhas de bem- estar”, onde os visitantes podiam se sentar e descansar. É o caso do espaço de 530 metros quadrados de Roberto Migotto. “Busquei inspiração nas culturas orientais”, conta.

Roberto Migotto
(Wanezza Soares/Veja SP)
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MELHOR SUÍTE

Casa LG, de Otto Felix

A suíte vencedora pegou carona no prédio do Conjunto Nacional e se inspirou no modernismo: tijolo de vidro, móveis setentistas e madeira escura. “Tem uma lava e seca no closet, para que o morador possa fazer esse serviço ele próprio”, diz Otto Felix, 42.

Otto Felix
(Leo Martins/Veja SP)

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MELHOR USO DE OBRA DE ARTE

Artsy Lounge, de Sig Bergamin, e Um Jeito Novo do Mesmo Jeito, de Marina Linhares

Uma marca da CASACOR deste ano é o uso intenso de obras de arte na decoração. E essa foi a única categoria com empate no resultado. Marina Linhares e Sig Bergamin, 67, criaram os melhores arranjos. “Adoro me arriscar”, diz o arquiteto.

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Sig Bergamin
Sig (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Obra de Lucas Simões, no espaço de Marina
Obra de Lucas Simões, no espaço de Marina (Alexandre Battibugli/Veja SP)

MELHOR LIVING OU LOUNGE

Um Jeito Novo do Mesmo Jeito, de Marina Linhares

“Faço casas sempre de um jeito muito afetivo”, conta Marina Linhares, 47. A mistura de um ambiente confortável com objetos cheios de personalidade cativou os jurados. “É um living perfeito para ler, ou tomar um drinque com amigos”, diz a profissional, que ganhou em duas categorias.

Marina Linhares
(Alexandre Battibugli/Veja SP)

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MELHOR ESTÚDIO

Estúdio Bereshi, de Barbara Dundes

O desafio de integrar quarto, sala e cozinha em um mesmo estúdio foi cumprido com maestria por Barbara Dundes, 34, estreante na CASACOR. “Os materiais naturais trazem aconchego e valorizam as imperfeições.”

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(Wanezza Soares/Veja SP)

MELHOR ESPAÇO COMERCIAL OU FUNCIONAL

Cerâmica Brennand, da Metro Arquitetura

As cerâmicas da loja Brennand, feitas no Recife, estão afinadas com as tendências da mostra, que valorizou tons terrosos e design nacional. “São itens utilitários, servem de arte e também como bandejas ou jarros”, diz Gustavo Cedroni, da Metro Arquitetos.

Gustavo e Stella Bloise
Gustavo e Stella Bloise, que coordenou a montagem do espaço (Leo Martins/Veja SP)

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MELHOR BANHEIRO PÚBLICO

Baluwé Exú O’Nan, de Guto Andrade

Terceira geração familiar de adeptos de umbanda e candomblé, o paulistano Guto Andrade, 26, conquistou os jurados com um banheiro público (de uso dos visitantes) inspirado em Exu. “O visual faz referência aos antigos reinos africanos. Quis trazer uma mensagem de tolerância e respeito”, diz.

Guto Andrade
(Wanezza Soares/Veja SP)

JURADOS

  •  Alexandre Salles — sócioproprietário do Estúdio Tarimba, pesquisador em design e arte e coordenador no Instituto Europeo di Design
  • Baba Vacaro — designer
  • Cauê Alves — curadorchefe do MAM
  • Guto Requena — arquiteto, designer e apresentador do reality Queer Eye Brasil
  • Helena Montanarini — curadora de moda e estilo
  •  Paola Carosella — chef, sócia do restaurante Arturito e da rede La Guapa, mora em casa projetada por David Libeskind, arquiteto do Conjunto Nacional
  • Pedro Dimitrow — fotógrafo de moda e publicidade
  • Regina Galvão — jornalista de arquitetura e design
  • Roberto Fialho — arquiteto, proprietário do escritório Nave e docente na Faap

+Assine a Vejinha a partir de 9,90. 

Publicado em VEJA São Paulo de 14  de setembro de 2022, edição nº 2806

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