Prefeitura inicia obras de reparo em 23 vias do Centro Histórico

Reportagem de junho deste ano da Vejinha revelou que região era um verdadeiro campo minado

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
21 dez 2022, 16h59

Imagem mostra funcionários da prefeitura arrumando calçada. — Operários trabalham em reparos de calçadas em junho deste ano; pedras portuguesas darão espaço para concreto (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Quase seis meses após uma reportagem da Vejinha ter revelado que as ruas do Centro Histórico da capital estavam cheias de buracos, o que tornava a região um verdadeiro campo minado, a Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (21) que deu início às obras de reparo em 23 dessas vias.

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A requalificação será feita pela SPObras e o investimento na empreitada é de 63 milhões de reais. As obras foram divididas em dois lotes e devem ser concluídas em 22 meses, bem próximo do final do mandato do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que muito provavelmente deverá tentar se reeleger.

Em reportagem publicada no dia 24 de junho deste ano, a Vejinha revelou que as más condições das calçadas prejudicavam os usuários da região. Planos para que os reparos fossem feitos existem desde 2019, entretanto, problemas no edital levou o TCM (Tribunal de Contas do Município) a barrar a licitação.

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Uma das polêmicas do edital e que gerou reclamação de alguns especialistas é o fato do projeto da prefeitura prever a retirada das pedras portuguesas, assim como foi feito no piso do Anhangabaú. A administração municipal alega que elas não são tombadas, e, portanto, não tem obrigação de serem preservadas. Mesmo assim, a ideia não é defendida nem por aqueles que lidam com mobilidade. Em visita realizada em junho deste ano, a Vejinha constatou que as calçadas do Centro Histórico alvo da licitação pareciam estar propositadamente descuidadas.

Em nota publicada nesta quarta-feira, a prefeitura informou que a reforma nas calçadas e calçadões aumentará a resistência do pavimento para suportar o tráfego intenso que recebem, já que pelo local circulam perto de 2 milhões de pessoas por dia. Além disso, elas ganharão nova sinalização turística, haverá reestruturação da infraestrutura subterrânea de drenagem e os trechos ganharão nova iluminação, entre outras melhorias. Com as mudanças, ainda segundo a prefeitura, a mobilidade será melhorada, em especial para aquelas pessoas com dificuldade de locomoção.

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