Continua após publicidade

USP ganha reforço no policiamento nesta quarta

Medida, que integra plano anunciado no mês passado, passa a valer uma semana após estudante ter sido baleado em frente ao prédio da FFLCH

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h05 - Publicado em 9 set 2015, 08h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O novo policiamento comunitário na Universidade de São Paulo (USP) começa nesta quarta-feira (9) com 34 policiais militares. De acordo com o secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes, “rapidamente” o número deve aumentar para 42, assim que eles terminarem o treinamento. A previsão anterior era de que o efetivo na universidade fosse entre 80 e 120 policiais.

    + PM e USP vão ampliar a vigilância na Cidade Universitária

    Segundo Moraes, o efetivo será complementado com policiais que ficarão no entorno da universidade e no caminho dos alunos para as estações de metrô mais próximas à USP. “Assim que houver condição suficiente, vamos ampliando. O ideal não é só a parte interna da universidade, mas o trajeto dos alunos.”

    O policiamento é adotado uma semana após um aluno ser baleado em uma tentativa de assalto. Segundo o reitor da USP, Marco Antonio Zago, no dia do crime, apesar de o sistema ainda não estar em operação, a ação conjunta dos policiais e a Guarda Universitária se mostrou eficiente. “Nossos guardas acionaram a polícia, que rapidamente prendeu os responsáveis. Se os policiais já estivessem na universidade talvez tivessem evitado essa situação.”

    Continua após a publicidade

    Ainda de acordo com Zago, o policiamento começou a ser discutido no início do ano com a escalada de crimes violentos na Cidade Universitária. Além dos policiais, a Secretaria de Segurança Pública disse ainda que vai instalar uma base fixa na Praça do Relógio – onde uma estudante foi estuprada em junho deste ano. Não há previsão para a instalação da base. A USP também instalará 638 novas câmeras de segurança – hoje são 59. No entanto, o sistema de monitoramento só deve ser concluído no final de 2016.

    + Secretário diz que festa com anão na delegacia foi de “extremo mau gosto”

    “A PM vem para garantir a segurança de alunos, professores e servidores. E não para se colocar em antagonismo à vida acadêmica ou restringir qualquer manifestação ou expressão”, disse o secretário. Ainda segundo Moraes, os policiais terão idade similar a dos estudantes e estão cursando ou já têm ensino superior. “Queremos criar uma identificação com os policiais”.

    Continua após a publicidade

    Zago disse que é “ingênuo” acreditar que somente essa ação acabará com a violência, mas defendeu que a comunidade acadêmica precisa se defender. “Não podemos continuar expostos a essa violência porque nos apegamos a uma questão ultrapassada de que a universidade não pode ser frequentada por nenhum tipo de força policial. É claro que ninguém esqueceu o que aconteceu durante a ditadura militar, mas isso aconteceu há 25 anos e precisamos confiar na democracia instalada no País”.

    + Confira as últimas notícias da cidade

    Entidades como o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) dizem ter receio de que a presença da PM no câmpus possa aumentar a distância da universidade com as comunidades e que haja violência policial contra estudantes e frequentadores. Durante uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da instituição no início de agosto, cerca de 50 pessoas se manifestaram contra a proposta de policiamento e vaiaram Moraes, além de chamá-lo de “bandido”.

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital
    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de R$ 39,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.