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Polícia Civil faz megaoperação contra o tráfico na cracolândia

Ao menos 500 agentes de segurança estão na ação para desmantelar o domínio do PCC na área

Por Adriana Farias
Atualizado em 21 Maio 2017, 08h41 - Publicado em 21 Maio 2017, 08h35
Cracolândia
Usuários consomem livremente a droga nas ruas que formam a Cracolândia (Davi Ribeiro/Veja SP)
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Ao menos 500 agentes de segurança integram uma megaoperação para prender integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região da Cracolândia, área central de São Paulo, manhã deste domingo (21).

Segundo o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), são cerca de 72 pessoas identificadas que devem ser detidas no centro, Zona Leste, Zona Norte e Grande São Paulo. Desde outubro do ano passado, investigadores estavam trabalhando para identificar os criminosos que atuam no pedaço. A polícia escolheu atuar no fim de semana por ser um período mais calmo e evitar maiores transtornos para a população e o comércio.

Há 25 anos a Cracolândia é um território com leis próprias, a exemplo das favelas dominadas pelo comércio de drogas. Naquela região degradada do centro, como se sabe, quem manda mesmo são os traficantes. As tentativas de ação do poder público para tirar das ruas os viciados e oferecer a eles tratamento digno obtiveram até agora resultados decepcionantes.

O “feirão” de drogas ocorre de forma escancarada, apesar da presença de guardas no pedaço, com cerca de trinta barracas. Elas possuem tetos forrados com lonas pretas e azuis. As pedras e os tijolos de crack são vendidos sob mesinhas de metal. Conforme VEJA SÃO PAULO identificou no local, os bandidos sentem-se tão à vontade que deixam até revólver e maço de dinheiro em cima. Nessa área, há uma placa branca, como se fosse um banner, com a inscrição PCC em vermelho. A mais recente novidade revelada por VEJA SÃO PAULO na semana passada é que nem a coleta de lixo pela prefeitura vinha sendo realizada no lugar, tamanho o medo dos empregados das companhias de limpeza de circular por lá desde o último confronto na quarta-feira (10) entre a Polícia Militar e Guardas Civis Metropolitanos e usuários de drogas e traficantes.

No início de maio, o socorrista Bruno de Oliveira entrou no “fluxo” para resgatar uma mulher de 27 anos a pedido da mãe da garota. Ele ficou quatro dias desaparecido e acabou sendo encontrado morto nas imediações. Seu corpo estava amarrado e cheio de ferimentos. O 3º Distrito Policial (Campos Elísios) ainda investiga o caso.

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