Pelo menos três vezes por mês, o estilista Sergio Kamalakian, da grife Sergio K., se reúne com alguns amigos para seu atual passatempo predileto: jogar Texas Hold’em. Fazem parte do grupo o empresário Marcio Zarzur, o gerente de marketing Guilherme Haji-Touma e o economista David Ezri.
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Com tamanha assiduidade, eles se organizaram. No início do ano passado, a turma da mesa verde abriu conta-corrente conjunta em um banco para depositar e sacar o dinheiro das apostas. “Em geral, ficamos semanas sem movimentá-la”, diz Kamalakian. “Não fazemos muitas retiradas porque quem ganha hoje pode perder na semana seguinte.”
Animados que só, os rapazes contam com o serviço do mordomo Carmelo Duarte para servir vodca, uísque e vinho branco durante as apostas. Eles jogam o estilo money game. Cada ficha traz estampado um valor em real. Na noite em que o jogo foi acompanhado pela reportagem de VEJA SÃO PAULO, os participantes começaram com cacife de 500 reais — mas iam comprando fichas à medida que as horas passavam. Houve quem perdesse 700 reais de uma só vez, mas ganhasse 1 500 na rodada seguinte. E dá-lhe uísque para consolar ou comemorar.
“Sinto um aperto no coração ao perder”, lamentou-se Haji-Touma. “Mas vibro quando consigo recuperar.” Todos ali jogam pôquer desde adolescentes. Aos 27 anos, o estilista queridinho dos mauricinhos aprendeu as regras há uma década. “Gosto do clima de drinques e carteados”, conta ele.