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Pequenos maus momentos

Há momentos ruins, mas não tão ruins. Por exemplo: você espera o leite ferver, prestando atenção, olhando para o líquido branco que tremula sobre o calor da chama, se afasta um minutinho para tirar a torrada do forno, e é aí que o leite derrama. São momentos que não têm peso nenhum na nossa vida, […]

Por Ivan Angelo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h46 - Publicado em 18 set 2009, 20h18
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  • Há momentos ruins, mas não tão ruins.

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    Por exemplo: você espera o leite ferver, prestando atenção, olhando para o líquido branco que tremula sobre o calor da chama, se afasta um minutinho para tirar a torrada do forno, e é aí que o leite derrama.

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    São momentos que não têm peso nenhum na nossa vida, mas podem nos fazer trincar os dentes de raiva, soltar um palavrão ou abafá-lo num urro. Nada muito pesado, um minuto e já estamos recuperados.

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    Ah, são muitos, variados e coloridos esses instantes. Passam, não deixam marcas. Todo mundo já passou por um.

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    Por exemplo, você está esperando um telefonema importante, tem uma necessidade incontrolável de ir ao banheiro, não leva o celular ou o sem-fio, e de lá ouve o telefone tocar. O que dá raiva é ter esperado tanto tempo e, quando surgiu a vontade, você ter pensado: dá tempo. Não dava.

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    Na mesma linha do leite que entorna quando você se distrai pode ser contabilizado o alho que lhe deu tanto trabalho para picar miudinho e que você botou na panela para dourar um pouco no óleo; enquanto abre a geladeira e tira a carne para fazer o picadinho, o alho se queima. Ou acontece o mesmo com o feijão e o arroz enquanto você coloca os pratos na mesa.

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    Na sua viagem de férias inesquecíveis, você leva sua máquina fotográfica digital, e justamente naquele passeio, no lugar mais bonito, aonde você não voltará, a máquina falha, bateria arriada. Você tinha certeza de que ela estava carregada e não checou.

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    Longa espera pelo ônibus. Você aposta que dá para ir até a banca comprar uma revistinha e de lá ? que ódio! ? vê seu ônibus passar.

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    Você se veste para ir a uma festa, zíper um pouco apertado nas costas, mas acha que dá. Na hora em que entra no carro, o zíper estoura, sem remédio.

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    Debaixo de uma árvore ou de uma marquise, arrumadíssimo para um primeiro encontro, perfumado, ansioso, você nem presta atenção nos arrulhos acima da sua cabeça, e espera a moça. Espera e acaba presenteado com uma titica de pomba na sua linda camisa.

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    Você entra no prédio atrasado, para na portaria para pegar alguma coisa que o porteiro lhe estende, chega ao hall apressado e o elevador, lento, acabou de subir.

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    Você guarda aquele vinho especial por alguns anos, esperando uma ocasião, uma pessoa para impressionar, e quando abre o vinho ele está imprestável.

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    Você sai do cabeleireiro, ondulante e linda, olha o céu, considera que não precisa pegar um táxi e no meio do caminho cai a maior chuva.

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    A gasolina está na reserva e você tem certeza de que um pouco mais adiante há um posto da marca em que você confia. Deixa passar dois postos pouco confiáveis e… puf-puf…

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    Todos passamos por momentos desses, instantanea-mente irritantes, levemente frustrantes, em que nossa expectativa é contrariada por pequenas derrotas, por uma jogadinha que fizemos com o destino e da qual saímos perdedores. Estava entre as possibilidades, mas esperávamos o contrário. Coisas que a Lei de Murphy explica.

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    Essas pequenas frustrações, ou mancadas, nos ensinam alguma coisa, não sei bem o quê. Que tudo passa, talvez. Que estamos sujeitos a escolhas que não são nossas. Que estamos no caminho de meteoros de outras galáxias. Que há acontecimentos se cruzando e ainda bem que alguns são de consequências mínimas. Que é bom não dar chance para o azar.

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