Utilizados como cobaia em experimentos científicos, os camundongos do Instituto Butantan estão perto de receber a aposentadoria. Um projeto em andamento pretende substituir os roedores pelo peixe paulistinha em alguns casos. “No exterior essa espécie de peixe é usada há mais de trinta anos”, afirma a bióloga Mônica Lopes Ferreira, especialista em imunologia e responsável pela iniciativa. Apesar de compartilhar apenas 70% de sua carga genética com os humanos (contra 85% dos ratinhos), o paulistinha apresenta a facilidade de possuir um corpo transparente, o que permite o estudo de seu organismo sem a necessidade de fatiá-lo. “Como esses peixes se reproduzem rapidamente, liberando cerca de 300 ovos de cada vez, as pesquisas também se tornam mais ágeis”, completa Mônica. No local já há aquários para abrigar 1 500 paulistinhas (ao lado, as características de cada animal):