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Motorista de aplicativo customiza carro e se veste de Papai Noel

Marcus Rogério de Souza Santos Silva, de 41 anos, passou a enfeitar seu carro em datas comemorativas

Por Nathália Meirinho
23 dez 2021, 06h00

Imagine estar esperando um carro de aplicativo — não sem antes mandar uma mensagem pedindo para que o motorista não cancele a corrida — e, quando ele finalmente chega, você depara com um carro todo iluminado por tiras de Led que vão mudando de cor e estilizado com adesivos com os dizeres “Boas Festas”. Uma verdadeira surpresa, não? Mas não para por aí.

Dentro do automóvel, que não é puxado por renas, bolas, festões, pisca-piscas e outros enfeites natalinos adornam o teto. E o próprio condutor está a caráter. Sim, quem faz a corrida é um Papai Noel. Ou melhor, Marcus Rogério de Souza Santos Silva, 41 anos.

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Nascido em Diadema, na Grande São Paulo, vive na vizinha paulistana Vila Guacuri. Foi motorista de ônibus por dezoito anos e, em 2018, resolveu migrar para o mundo dos apps. A vontade de transformar seu Prisma Joy 2019 (próprio) em “trenó” veio no Natal do ano passado.

Imagem mostra homem vestido de papai noel no banco de motorista.
Marcus, trajado, em atividade. (Rogério Pallatta/Veja SP)

“Como não teríamos Papai Noel no shopping devido à pandemia, tive a ideia de me vestir assim. surgiu como uma brincadeira, mas deu certo, gerou alegria e acabei levando para a frente”, diz o motorista, que calcula ter gasto 220 reais com a customização. “Se não fossem as parcerias com fornecedores, sairia quase 3 000 reais”, confidencia.

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Tomou gosto pela coisa e passou, então, a enfeitar seu meio de trabalho em outras datas, como Páscoa e Halloween. Quanto às reações dos passageiros, conta que há quem ria, quem chore (de emoção) e quem se sinta à vontade o suficiente para desabafar sobre tudo com ele. “Os adultos costumam se encantar muito, muito mais do que as crianças. desperta o Peter Pan que as pessoas têm dentro delas”, se diverte.

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Diz que não tem sentido tanto o impacto do aumento dos combustíveis, que fez muitos profissionais abandonar as plataformas. “Vivo uma situação estável financeiramente. Guardei dinheiro por anos”, garante. E jura que as decorações não impactam nem positiva nem negativamente na nota que os passageiros lhe atribuem na plataforma.

“Sempre fui muito bem avaliado e trato todo mundo que entra no carro como se fosse parente”, afirma Rogério, que é pai de dois filhos. Quando não está com as mãos no volante, se dedica aos estudos — iniciará, no ano que vem, o quinto semestre de direito, sua primeira graduação.

Mais que trabalhar na área jurídica, diz que seu maior sonho mesmo é “ver todo mundo bem e feliz”. De corrida em corrida, acredita ter conseguido contribuir para isso.

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Publicado em VEJA São Paulo de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

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