Cidades

Morre aos 84 anos o escritor e psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza

Autor de romances policiais marcou a literatura brasileira com a criação do personagem detetive Espinosa

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 18h25 - Publicado em 16 abr 2020, 12h21

O escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza morreu nesta quinta-feira (16) aos 84 anos de idade. Criador do detetive Espinosa, ele é autor de mais de uma dezena de romances policiais e era considerado um dos mestres do gênero no Brasil. A cerimônia de sepultamento será restrita à família.

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A informação foi publicada por sua esposa, a escritora Livia Garcia-Roza, em uma rede social. Luiz estava internado há um ano no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, por conta de uma doença neurológica. Além da esposa, ele deixa três filhos.

Conhecido e consagrado por escrever livros policiais, Garcia-Roza tinha como fio condutor de suas histórias seu principal personagem, o Espinosa, um detetive culto e metódico. Entre seus principais livros estão O Silêncio da Chuva (1996), Céu de Origamis (2009) e o último, A Última Janela (2019). As obras foram publicadas no Brasil pela editora Companhia das Letras.

Nascido em 1936 no Rio de Janeiro, Garcia-Roza começou tarde na literatura. Formou-se em filosofia e psicologia e atuou como professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Assinou oito livros sobre psicanálise e filosofia.

A estreia na ficção ocorreu 1996, já aos 60 anos. O autor abandonou a vida acadêmica para se consagrar como mestre de narrativas policiais. Com o primeiro livro, O Silêncio da Chuva, ganhou os prêmios Nestlé de Literatura e o prestigiado prêmio Jabuti. A obra deve ganhar versão cinematográfica em breve, com Lázaro Ramos no papel de Espinosa.

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Entre 1996 e 2014, ele escreveu 11 romances, todos com o selo da Cia. das Letras.