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Metrô anuncia o local da Estação Higienópolis

Parada ficará na esquina das ruas Bahia e Sergipe, com acesso alternativo em terreno em frente à Faap

Por Mariana Barros
Atualizado em 1 jun 2017, 18h32 - Publicado em 21 Maio 2011, 00h50
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  • O supermercado Pão de Açúcar funcionava tranquilamente na esquina da Rua Sergipe com a Avenida Angélica, na área central. Essa era a cena inicial de uma novela com um autor e milhares de coautores, que começaram a surgir quando o Metrô anunciou seus planos de usar aquele terreno para construir a Estação Higienópolis da Linha 6 – Laranja. Os capítulos seguintes ganharam contornos de dramalhão. De um lado, moradores queixando-se de eventuais transtornos e popularização daquela fatia nobre da cidade caso o metrô fosse instalado ali. De outro, defensores do transporte coletivo assando um churrasco no sábado (14) em protesto contra a decisão do governo de alterar o local escolhido para a estação.

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    Na semana passada, a história começou a se aproximar de seus lances finais. Foi anunciada a localização estudada para o embarque principal: a esquina das ruas Bahia e Sergipe, onde hoje funciona um laboratório de exames radiológicos. Dali, de acordo com técnicos do Metrô, uma passagem subterrânea levará a um segundo acesso, a ser construído no terreno ocupado por estacionamentos na Rua Armando Penteado, em frente à Faap. O túnel, com escada rolante, ligará a parte alta de Higienópolis à baixa do Pacaembu. Para isso, está prevista a desapropriação de ao menos dois imóveis. Outros seis devem ser usados temporariamente como canteiros de obra.

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    Entrada Faap Metrô Higienópolis - 2218
    Entrada Faap Metrô Higienópolis – 2218 ()

    A parada Higienópolis ficará a cerca de 700 metros da Estação Mackenzie da Linha 4 – Amarela, o que pode impactar na velocidade dos trens. Outra dificuldade é construir em uma área repleta de imóveis tombados, paisagem que não pode ser descaracterizada. Há polêmica ainda sobre a criação do acesso à Faap, cujo traçado deve percorrer o subsolo de condomínios e mansões. “O túnel será uma obra cara para favorecer poucos”, acredita Iênidis Benfati, presidente da associação Viva Pacaembu por São Paulo, que atua no perímetro da futura estação.

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    Argumentos iniciais dos moradores do Pacaembu aparecem na esteira dos de Higienópolis, contrários ao metrô na vizinhança. A urbanista Nadia Somekh, residente no bairro, compara as reações negativas às da chegada do Shopping Higienópolis. “As pessoas têm medo do novo e só percebem os benefícios depois.” O governo prevê um movimento diário de 25.000 pessoas na estação. Com tantas reviravoltas, o final mais feliz para essa novela não será o casamento da mocinha, mas o tão esperado corte da fita de inauguração, que ainda deve levar seis anos para acontecer.

     

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