Mesária se recusa a cumprimentar Haddad em seção eleitoral
Líder nas pesquisas, petista votou na Zona Sul; apoiadores entregaram rosas vermelhas
Líder das pesquisas de intenção de voto, Fernando Haddad (PT) votou por volta das 10h deste domingo (2) na Brazilian Internacional School, em Moema, Zona Sul da capital paulista. Antes dele entrar, apoiadores distribuíram rosas vermelhas. Ele estava acompanhado da mulher, Ana Estela.
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Ao entrar na seção eleitoral, e também ao sair, Haddad tentou cumprimentar todos os mesários. Porém, uma delas continuou de braços cruzados e olhando para a mesa, rejeitando o gesto do petista.
Aos jornalistas, ele afirmou ser difícil saber como será de fato o resultado nacional, e convocou que as pessoas compareçam às urnas. “É difícil julgar pelas pesquisas o que que vai ser a eleição nacional, o que a gente espera é que as pessoas compareçam para votar, isso é o mais importante, a pessoa depositar a sua esperança na urna, o seu amor ao Brasil, o seu amor a São Paulo, com a consciência tranquila que estará fazendo o melhor para a nossa democracia, hoje é o dia da democracia, nós temos que saudar e celebrar a democracia”, afirmou.
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Haddad foi até o local de votação acompanhado da mulher. Alguns apoiadores cantaram em incentivo ao candidato, porém, era possível ouvir barulho de panelas batendo, ato que há anos é representado como protesto.
Se as pesquisas de opinião de voto divulgadas até agora se confirmarem, é bem provável que Haddad enfrente Tarcísio de Freitas (Republicanos) num eventual segundo turno das eleições, em 30 de outubro.
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Só neste sábado (1º) foram divulgadas duas sondagens, do Datafolha e do Ipec. Ambas indicam Haddad na ponta, seguido de Tarcísio e de Rodrigo Garcia (PSDB). Elas diferem pouco, porém, ambas indicam uma oscilação numérica para baixo do petista, e um avanço de Tarcísio, porém, dentro da margem de erro. Confira
Datafolha (*)
- Haddad: 39%
- Tarcísio: 31%
- Rodrigo: 23%
Ipec (**)
- Haddad: 41%
- Tarcísio: 31%
- Rodrigo: 22%
Se esses números se confirmarem, essa será a primeira vez que um candidato tucano não irá para o segundo turno em cerca de 30 anos. Conforme a reportagem de capa da Vejinha desta semana, seja lá quem for o escolhido, ele enfrentará uma série de grandes desafios, entre eles alguns que demandam soluções urgentes. A lista inclui desde o fantasma do desabastecimento (os mananciais receberam pouca chuva nos últimos meses), passando por medidas para reduzir os crimes patrimoniais, até como atender a enorme fila de procedimentos de saúde não realizados na pandemia.