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Menina filmada por padrasto comendo cebola é levada para abrigo

Após a constatação de participação em vídeos, mãe da criança de 3 anos também foi indiciada pela polícia

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h01 - Publicado em 2 out 2014, 11h24
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  • A menina de 3 anos filmada pelo padrasto comendo uma cebola foi levada para um abrigo em Araçatuba, no interior de São Paulo, nessa quarta-feira (1). O Conselho Tutelar da cidade vai acolher a criança até que ela seja encaminhada a um familiar. A medida foi tomada depois que a perícia feita em computadores do padrasto Maurício Moraes Scaranello mostrou a participação da mãe em alguns vídeos. De acordo com a Polícia Civil, o pai biológico deve entrar com um pedido de guarda.

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    Na tarde de quarta-feira, o padrasto e a mãe da criança prestaram novos depoimentos na Delegacia da Mulher de Araçatuba. Ambos afirmaram que os vídeos eram brincadeiras. De acordo com a delegada Luciana Frascino, a mãe da menina também foi indiciada. “Ela participou em alguma parte do crime. Em nenhum momento houve agressão física, mas era feita uma tortura psicológica”, afirma. Exames médicos mostraram que a criança não sofreu abuso sexual.

     

    A delegada aguarda o relatório final da perícia dos computadores para concluir o inquérito. Além dos dois vídeos que se espalharam na internet, foram encontrados pelo menos mais dez gravações com conteúdo semelhante. A Justiça negou o pedido de relaxamento de prisão do padrasto, que será transferido nesta quinta-feira (2) para um Centro de Detenção Provisória. A mãe vai responder em liberdade.

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    Caso

    Após receber denúncias anônimas de tortura, a polícia foi até o condomínio onde Maurício Scaranello mora com a criança e a mãe dela com um mandado de busca e apreensão na última sexta-feira (26). Os agentes encontraram o empresário na portaria e a menina sozinha em um quarto da residência. Ela tinha marcas de queimadura por cola nas pernas e genitálias. Ele foi detido em flagrante e transferido para uma prisão em Penápolis.

     

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    Após a prisão, dois vídeos que o empresário fez com a criança circularam pela internet. Em um deles, incentiva a criança a comer cebola dizendo que é uma maçã. No segundo, o empresário assusta a menina, que cochila assistindo à televisão. Na terça-feira (30), o advogado de Scaranello, William Paula de Souza, classificou as imagens como brincadeiras “de mau gosto”, comparando a situação com as “vídeo-cassetadas”.

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    Maurício Scaranello vive com a mãe da criança há um ano e meio. Computadores da residência foram levados para a análise da perícia.

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