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Médico que atua na cracolândia é detido em operação policial

Flávio Falcone ficou detido por três horas, por alegação de perturbação da ordem

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 set 2022, 16h28 - Publicado em 2 set 2022, 10h56

O médico psiquiatra Flávio Falcone, que atua na região da cracolândia, no Centro de São Paulo, foi detido na última quinta-feira (1º) pela Polícia Civil sob alegação de perturbação da ordem. Ele foi levado até o 77º Distrito Policial (Santa Cecília) e só foi liberado depois de três horas.

Também foram detidos outros ativistas que atuam na região e o fotógrafo João Leoci. Em vídeo publicado após ser liberado, Falcone afirmou que está ocorrendo uma “criminalização de um campo da política de drogas que chama redução de danos, que é o campo progressista e antiproibicionista”.

“O que aconteceu hoje com a gente é algo que só acontecia na época da ditadura, não tem base jurídica nenhuma para acontecer o que aconteceu, não tinha inquérito aberto, foi simplesmente uma vontade da polícia de nos criminalizar”, disse. Falcone integra a Plataforma Brasileira de Política de Drogas e atua há mais de dez anos na região, se vestindo de palhaço e fazendo atividades lúdicas no meio do “fluxo” junto aos dependentes químicos.

Na última quinta, a Polícia Civil em conjunto com a Guarda Civil Metropolitana realizaram mais uma etapa da Operação Caronte, que visa combater o tráfico de drogas na região da cracolândia. Há meses, dependentes químicos se espalham pelo centro, mas há uma concentração na Rua Helvétia entre a Avenida São João e a Barão de Campinas.

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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que a ocorrência foi registrada como contravenções penais por perturbação do trabalho ou do sossego alheio e recusa de dados sobre própria identidade/qualificação. De acordo com a pasta, também foram detidas mais 14 pessoas. “Moradores do bairro denunciaram que o grupo circulava na região usando um equipamento de som causando diversos transtornos e perturbando o sossego. Durante a ocorrência, eles se recusaram a informar os dados pessoais, mas posteriormente foram identificados e liberados após o registro. A bicicleta com o som foi apreendida”, destacou a SSP.

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