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“Advogada internacional” que agrediu pessoas em padaria não tem registro na OAB

Lidiane Biezok foi indiciada por injúria racial, lesão corporal e homofobia. Ela alega que sofre de transtorno bipolar

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 nov 2020, 19h32 - Publicado em 23 nov 2020, 19h30

Lidiane Brandão Biezok, 45, mulher que apareceu em vídeos proferindo falas preconceituosas e agredindo funcionários e clientes de uma unidade da padaria Dona Deôla, no bairro da Pompeia, não tem registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O caso ocorreu na sexta-feira (20). Na ocasião, em um dos vídeos, ela afirma que é “advogada internacional“.

“Eu sou advogada internacional, cala a sua boca, sua bicha do c*”, disse Lidiane. Em nota, a OAB de São Paulo afirmou nesta segunda-feira (23) que Lidiane não aparece no sistema de cadastro da entidade e nem no Cadastro Nacional de Advogados, mantido pelo Conselho Federal da OAB.

A OAB SP esclarece que a senhora Lidiane Brandão Biezok não consta no sistema de cadastro da entidade e nem no Cadastro Nacional de Advogados (CNA), mantido pelo Conselho Federal da OAB, que exerce a função de fiel repositório do cadastro de todos os advogados do Brasil”, disse o órgão.

A mulher foi indiciada por injúria racial, lesão corporal e homofobia. Ela afirmou que tem problemas psiquiátricos e sofre de transtorno de bipolaridade. No sábado (21), Lidiane foi solta e a prisão em flagrante foi convertida em prisão domiciliar. Entre os motivos para a decisão, o Tribunal de Justiça citou o fato de Lidiane ter “problemas psiquiátricos”.

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Em entrevista ao UOL, Lidiane comentou o episódio. “Eu tenho bipolaridade. Chega uma hora que eu não aguento. Foi uma crise de bipolaridade. E ainda estou tendo crise. Minha mão não para de tremer. Eu sou inválida. Quando tem provocação, acabo perdendo a cabeça. Mas pedi desculpas. Falei coisas que não queria, que não sinto isso”. Ela ainda complementou dizendo que foi vítima da situação.

“Quem foi vitima na história foi eu. Eu estava comendo quieta e não sei de onde vieram aquelas pessoas. Acho que vieram dos protestos (do Dia da Consciência Negra). Acho bonito respeitar a diversidade. Mas a diversidade me respeitou? Agora é fácil dizer que sou racista e homofóbica, mas tenho diversos amigos homossexuais. Só que no calor ali, eu falei coisas que não queria. Eu tinha que me defender. Eu tenho 45 kg. Como vou me defender? A rua ali é totalmente escura. E se eu saísse? Estava preocupada”.

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