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Justiça condena motoboy acusado de incendiar estátua do Borba Gato

Paulo Galo teve pena convertida em prestação de serviços à comunidade

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 dez 2022, 11h11

A Justiça condenou o motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, mais conhecido como Paulo Galo, por incendiar a estátua de Borba Gato, localizada em Santo Amaro, na Zona Sul da capital, em julho de 2021. A estátua é uma homenagem ao bandeirante paulista que escravizou negros e indígenas. O incêndio levou a um debate a respeito sobre o que fazer com monumentos contestados.

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À época, o motoboy, também fundador do grupo Entregadores Antifascistas, ficou preso ao se apresentar à polícia para colaborar com as investigações. Em seu depoimento, ele afirmou integrar o coletivo “Revolução Periférica”, que agrupava diversos jovens das periferias da capital. Ele confessou à Justiça ter ateado fogo como forma de protesto. Além dele, outros dois foram detidos à época.

Ao condenar Paulo Galo, o juiz Eduardo Pereira Santos Junior, da 5ª Vara Criminal Central de São Paulo, escreveu que a fixação da pena de três anos, um mês e 15 dias em regime aberto, foi estipulada devido ao fato do motoboy ter usado pneus e galões de gasolina, que, apesar de deixar danos ao monumento, não deixou feridos. Devido ao período imposto, a pena pode ser revertida em prestação de serviços à comunidade. Além disso, Paulo Galo era réu primário. Para o juiz, o ato de Paulo Galo extrapolou seu direito de expressão, e foi arriscado já que poderia ter atingido um posto de gasolina próximo dali. “Não é se ateando fogo em pneus em monumentos ou via pública que se legitimará o debate público sobre personagens históricos controversos. Existem os caminhos legais, por mais tortuosos que possam parecer. É assim que se vive em um Estado democrático de direito”, escreveu o juiz em sua sentença.

Além de Paulo Galo, outros dois homens que também eram acusados foram absolvidos. Para a Justiça, Danilo Oliveira, o Biu, acreditava apenas que participaria de um protesto na região, sem saber do que se tratava especificamente. Já o motorista Thiago Zem, foi contratado por meio de uma plataforma on-line para transporte dos pneus usados e não sabia que seriam usados no incêndio.

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O motoboy sempre defendeu que seu ato era uma forma de “abrir um debate público”, já que defende a retirada da estátua. Mais de uma vez, disse não ter se arrependido do ato, conforme fez em novembro deste ano.

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