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Justiça condena ex-diretor da Dersa a 9 anos de prisão por corrupção

Ministério Público diz que Pedro Silva recebeu R$ 1 milhão em propina de empresário para alterar o traçado do Rodoanel Norte

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jan 2023, 18h53 - Publicado em 11 jan 2023, 14h53

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) Pedro Silva a nove anos e três meses de prisão. De acordo com denúncia do Ministério Público, ele recebeu 1 milhão de reais em propina de um empresário para alterar as obras do Rodoanel Norte, em 2013.

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Ele foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o MP, o projeto do Rodoanel passaria pela Pedreira de Guarulhos, que pertencia à empresa Intercement Brasil S.A., do grupo CCCC, e o local precisaria ser desapropriado.

A empresa não aceitou a medida e um gerente comercial da CCCC, Alessandro Vieira Martins, entrou em contato com o então diretor de engenharia da Dersa. Ainda de acordo com a denúncia, Pedro Silva afirmou que seria possível alterar o traçado do projeto, desde que a empresa pagasse. As partes concordaram e o pagamento foi efetuado por meio de um contrato fraudulento feito por uma empresa de engenharia junto à Dersa.

A 6ª Câmara de Direito Criminal do TJSP julgou o caso na última segunda (9). O relator do caso, o desembargador Farto Salles, destacou que o único objetivo do contrato firmado com a empresa de engenharia foi “conferir ares de legalidade à propina solicitada. A decisão foi unânime. Cabe recurso da decisão.

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O advogado de Pedro Silva, Cassio Marcelo Cubero, afirmou à reportagem que recebeu “com surpresa a rapidez da decisão do tribunal”. O recurso chegou ao TJSP em setembro de 2022. Ele afirmou que a denúncia do MP se baseia apenas em uma delação premiada “questionável” e que não há provas que corroborem a tese de que seu cliente recebeu propina e alterou o traçado do Rodoanel, mesmo porque ele não conseguiria fazer isso. Ele afirmou que irá recorrer aos tribunais superiores.

“Não há provas de lavagem de dinheiro, tanto que o juízo regular absolveu boa parte dos delitos. Isso não pode ser reformado de forma tão abrupta, haverá recurso sim para instâncias superiores. O senhor Alessandro, quando esteve com o Pedro da Silva, o traçado já era esse. Isoladamente, o senhor Pedro não consegue alterar o traçado do Rodoanel. O relator ter uma prova técnica tão robusta dessa técnica de engenharia, ele entender tão rápido, esse procedimento, a decisão veio com muita rapidez, é de causar espanto. Até mesmo para atender os anseios do MP. O senhor Alessandro esteve na Dersa tentando negócio e nunca levou, ele esteve lá e o traçado já era esse”, destacou o advogado.

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