Presos ateiam fogo em colchões no Cadeião de Pinheiros

Não houve reféns, mas alguns ficaram feridos. Local tem vaga para 2 176 detentos, mas conta hoje com quase 5 000

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 24 jul 2017, 20h18 - Publicado em 24 jul 2017, 13h03

Um incêndio foi registrado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, também conhecido como Cadeião de Pinheiros, na Zona Oeste, na tarde desta segunda-feira (24). Procurada, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que os detentos colocaram fogo em colchões. Eles também abriram um buraco entre os pavilhões I e IV.

Segundo a SAP, ninguém foi feito refém, mas alguns presos ficaram feridos. Eles foram atendidos na enfermaria da própria unidade.

As pistas da Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, chegaram a ser fechadas por carros da polícia no momento do incêndio. Às 19h30 de segunda-feira, a pista local no ponto em frente ao cadeião continuava interditada.

O Corpo de Bombeiros informou que o chamado foi realizado às 12h30 e três viaturas seguiram para o local. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi acionado e entrou na unidade para restabelecer a ordem. De acordo com a SAP, treze presos seriam levados ao local nesta segunda; porém, devido à manifestação, eles foram remanejados para outras unidades prisionais.

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Ainda não se sabe o motivo da rebelião. A SAP afirmou, por meio de nota, que a unidade prisional instaurou “procedimento apuratório”. A Corregedoria Administrativa da SAP também vai apurar o caso.

O CDP enfrenta atualmente uma superpopulação. São 4 942 detentos para apenas 2 176 vagas. O setor Pinheiros I, onde aconteceu a rebelião, no momento abriga 1383 presos, mas só tem 521 vagas.