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Por falta de dinheiro, posto de saúde prometido por Doria está paralisado

Construção no Grajaú é alvo de impasse entre ONG que cedeu o terreno e prefeitura; entenda o caso

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 jul 2018, 19h17 - Publicado em 27 jul 2018, 19h16

Prometida para ser entregue em fevereiro deste ano, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Grajaú, no extremo da Zona Sul da metrópole, amarga um período abandono que já dura três meses, justamente em sua fase de finalização. O lugar teve um aporte de 2 milhões de reais de empresas privadas e necessita de mais 600 000 para os acertos finais.

O projeto foi idealizado por Roberto Loeb, arquiteto e presidente do Instituto Anchieta Grajaú – que atende 500 crianças no entorno com atividades educacionais e culturais – a instituição foi doadora do terreno de cerca de 1 000 metros quadrados onde o equipamento será montado. Também foi Loeb o responsável por reunir as empresas que bancaram o projeto até esse ponto.

Para conseguir pagar o final do empreendimento, no entanto, ficou difícil encontrar empresários interessados e a prefeitura não ofereceu apoio. “Trata-se de um bem público, ele poderiam tentar intermediar mais parcerias, até agora, a iniciativa privada fez tudo sozinha”, afirma Loeb.

Responsáveis do IAG tentam contato com a Secretaria de Saúde e com a prefeitura regional de Capela do Socorro, que administra a área, para tentar algum tipo de aporte ou apoio para viabilizar parcerias, mas sem sucesso. Com a intenção de evitar novas ocorrências no local, a instituição contratou seguranças para olhar a construção durante 24 horas. Essa vigilância demanda 6 000 reais por mês.

No início das obras, o então prefeito João Doria fez um vídeo de divulgação do serviço em suas redes sociais, chegando a afirmar que o local teria equipamentos “de última geração” e “ar condicionado em todas as salas”. Confira:

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Procurada, a Prefeitura Regional de Capela do Socorro afirmou que as obras devem ser retomadas e a inauguração da UBS será em agosto. “As edificações foram orçadas inicialmente (setembro de 2017) em 3 milhões de reais, sem custo para a administração municipal, pois seriam viabilizadas pela iniciativa privada.”, diz o documento. Além disso, afirma que a responsável pelo atraso das obras é a patrocinadora, que estaria sem recursos.

Anunciada no início dos trabalhos como uma das patrocinadoras do projeto, a Libercon Engenharia foi quem comandou a obra e afirma ter completado o serviço. “Fizemos até mais do que o combinado. Passamos de 1 milhão de reais doados, além de prestar serviços”, afirmou Hailton Liberatore, um dos sócios.

Nesse empasse, ficam sem resposta os moradores do entorno, que contavam com a obra para ter seus exames realizados. “A gente vê que está tudo bem atrasado, achamos que não vai sair este ano” afirma o professor de música Julio Machado, de 37 anos, há dezoito morador da região. “Seria muito importante para nós essa inauguração, principalmente porque os outros hospitais aqui perto são ruins”.

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