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Fogaça vai a delegacia após problemas em eleição de síndico

Chef foi eleito em recente assembleia de moradores; edifício na Avenida Paulista coleciona polêmicas há anos

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 out 2018, 22h50 - Publicado em 29 out 2018, 18h57
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  • O chef de cozinha Henrique Fogaça compareceu ao 78º DP, nos Jardins, nesta segunda (29), para prestar queixa contra a atual gestão de administradores do prédio em que vive, o Edifício Baronesa de Arary, na Avenida Paulista.

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    Os administradores do edifício de 600 apartamentos teriam retirado cerca de 180 000 reais das contas do condomínio e saído com caixas contendo documentos do empreendimento após a eleição do jurado do MasterChef como síndico.

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    Fogaça chegou a ser eleito no último dia 26, em uma assembleia improvisada pelos moradores. A reunião, no entanto, não foi considerada válida em despacho de hoje, feito pela juíza Daniela Dejuste de Paula, da 30ª Vara Cível da Justiça do Estado de São Paulo. O cozinheiro irá recorrer.

    A assembleia ocorreu em uma praça nas proximidades do edifício. Isso porque a atual gestão condominial tentou barrar a realização da reunião que tinha sido prevista por uma liminar na Justiça e ocorreria no auditório. Em vídeo gravado na data, é possível ver a discussão entre Marcio Rachkorsky, advogado de Fogaça, Otávio Lotfi, da administradora Techsys responsável pelo empreendimento, e a então síndica Meiri Luci Adriano.

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    Na gravação, há troca de acusações. Lotfi chama Rachkorsky de “autoritário” e diz que o advogado não convocou a todos para o encontro e que, por isso, ele não poderia ocorrer. O advogado levanta a voz em alguns trechos da gravação. Em um deles, Lofti chega a dizer que “isso aqui não é uma democracia”. A Polícia Militar foi chamada para conter a confusão e garantir a realização da reunião. “Quando a atual administração ficou sabendo e os moradores foram para o lugar marcado, eles simplesmente falaram que não iriam cumprir a liminar”, reclama Rachkorsky.

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    Há dezoito anos no poder por meio de um troca-troca de cadeiras familiar, os atuais síndicos são acusados de nepotismo, desviar verbas, fraudar eleições e dificultar o acesso aos documentos do condomínio. Em 2013, VEJA SÃO PAULO publicou reportagem sobre uma reunião de condomínio do Baronesa que acabou em agressões físicas e tumulto. Na época, estava no epicentro da confusão a então síndica Alethéia Adriano (filha da atual gestora, que cumpria seu segundo mandato).

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    Em vídeos no YouTube, é possível ver moradores não conseguindo se inscrever em eleições do tipo em 2011.  Cinco anos antes, o clima nas reuniões também se mostrava para lá de hostil, como mostram imagens na mesma rede social. Em todas as ocasiões, a síndica Meiri é vista ou citada.

    Caso a decisão da juíza seja revertida, Fogaça deve assumir o posto pelo próximo ano. Morador do prédio desde 2015, ele enumera problemas por ali. “Entra muito dinheiro no condomínio e ainda assim há necessidades, a troca do piso do estacionamento, as dependências dos funcionários são antigas e não há uma reciclagem do lixo”, diz. “Está ruim e pode ser melhor.”

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    No Facebook, há uma página chamada Condomínio Baronesa de Arary na qual os usuários que se identificam como moradores tecem duras críticas à atual administração. Outro post é dedicado à candidatura de Fogaça e suas propostas. Uma delas é a diminuição do valor pago mensalmente ao condomínio.

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    Procurada, a administração do prédio não atendeu às ligações da reportagem até a publicação da reportagem.

    Ao lado do Parque Trianon e quase em frente ao Masp, o Baronesa já foi conhecido como o “treme-treme da Paulista”. Entre 1993 e 1994, chegou a ficar interditado por problemas elétricos. Construído nos anos 50, o edifício teve moradores ilustres, como o casal de atores Walmor Chagas e Cacilda Becker.

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