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Grupo campineiro encena tragicomédia no Tusp

"Diário Baldio" faz uma crônica da exclusão social por meio de personagens grotescos

Por Carol Pascoal
Atualizado em 5 dez 2016, 17h50 - Publicado em 20 ago 2011, 00h50
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  • Sediado em Campinas, o grupo Barracão Teatro dedica-se desde 1998 ao estudo das linguagens da máscara, do palhaço e do improviso apoiado por sólidas dramaturgias e atuações. Vez por outra, a companhia capitaneada pela diretora Tiche Vianna surge na cena paulistana e surpreende com montagens provocativas e de impacto, como a tragicomédia Diário Baldio.

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    Escrito por Esio Magalhães, Gabriel Bodstein, Guga Cacilhas e pela própria Tiche, o espetáculo transita entre a realidade social e o absurdo por meio de personagens grotescos e excluídos. Moradora de um lixão abandonado, Lady (papel de Gabriel Bodstein) é um ser ambíguo sexualmente trancado em um mundo de fantasias. Pelo menos até encontrar o deficiente físico Cotoco (interpretado por Esio Magalhães), capaz de fazê-la ver que sua rotina oprimida assemelha-se à de muitos outros desfavorecidos. Com a convivência, estabelecem-se um relacionamento amoroso e a possibilidade de dividir a solidão num universo onde a verdade não encontra espaço.

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    A direção de Tiche Vianna explora muito bem o tom tragicômico dos protagonistas. Máscaras funcionam como elemento cênico para reforçar a estranheza dos dois, mostrando-os como criaturas deformadas aos olhos do público. Acomodados em sofás e pufes, os espectadores assistem às transformações do cotidiano de Lady e Cotoco. Alguns gargalham, outros esboçam um sorriso amarelo. A humanização dos personagens, porém, se torna clara no decorrer da ação e isso não deixa ninguém indiferente. Nas quintas e sextas, o Barracão Teatro também está em cartaz no Tusp com o drama “Encruzilhados entre a Barbárie e o Sonho” (2008), que mexe com o imaginário através de um intrigante jogo sensorial.

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