Bombeiros usam o “cold fire”, mas chamas reaparecem
Combate ao fogo continua em Santos; oficiais conseguiram subir em um tanque para auxiliar nos trabalhos
O Corpo de Bombeiros usa desde o início da tarde desta quarta (8) o pó químico cold fire no incêndio que atingiu tanques no pátio da empresa Ultracargo, no complexo industrial da Alemoa, em Santos, no litoral paulista. Durante o dia, os oficiais conseguiram subir em um tonel para auxiliar nos trabalhos. Entretanto, a abertura em um compartimento fez as chamas retornarem, formando uma grande nuvem de fumaça.
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De acordo com os bombeiros, o problema já era esperado e a situação segue controlada. Até o momento, foram utilizados 360 litros de cold fire dos 8 640 litros armazenados. No momento, 137 homens em 37 viaturas do Corpo de Bombeiros trabalham no combate ao foco do incêndio e no resfriamento dos outros tanques. De acordo com a Ultracargo, sete rebocadores permanecem no local bombeando a água do porto.
Nesta manhã, as equipes haviam conseguido conter vazamentos nos tonéis queimados, segundo informações apresentadas pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), logo após reunião do gabinete de crise formado na cidade com representantes do município, estado e união.
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O encontro do grupo teve a participação do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, general Adriano Pereira Junior. “O governo federal atua desde o primeiro momento nesta situação. Por orientação da presidente Dilma, nossa presença aqui reforça o apoio, com Petrobras, exército, marinha, aeronáutica e Infraero. Desde os primeiros momentos esse auxílio é presente.”
Segundo Occhi, novas demandas foram apresentadas na reunião desta quarta, entre elas a necessidade de um caminhão usado no combate a incêndios em aeroportos e aeronaves. “Esse equipamento está disponível para a ação”, assegurou Occhi.
Relação do porto com a cidade
Durante a reunião, o prefeito de Santos criticou a demora na aprovação de recursos para execução do projeto de reformulação da entrada da cidade e reforçou a necessidade de repensar a relação do porto com o município. “Nós esperamos que esse acidente proporcione um novo olhar sobre os riscos aos quais a cidade está submetida. Em 2006, não foram colocadas em prática as diretrizes apresentadas no Plano de Desenvolvimento do Porto (PDZ). O poder público municipal vai agir com absoluto rigor nas penalidades impostas pelos danos ambientais e também na ocupação e uso do solo naquela área, embora a responsabilidade pela licença ambiental não seja do município.” (Com Estadão Conteúdo)