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Filho de embaixador é detido por pichar monumento no centro

Responsável por ataque tem 26 anos e justificou na delegacia que sua ação foi para protestar contra o prefeito João Doria

Por Mônica Santos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 jan 2017, 13h11 - Publicado em 25 jan 2017, 12h57
A estátua do apostolo Paulo, na Praça da Sé: após depositar flores, Doria mandou limpar (Felipe Rau/Estadão Conteúdo/)
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Na madrugada desta quarta (25), O jornalista Pedro Amaral de Souza, de 26 anos, foi detido por guardas civis metropolitanos na Praça da Sé e conduzido até a 8ª Delegacia de Polícia localizada no Brás, na região central, por pichar um monumento feito em bronze, com 3,5 metros de altura, que fica em frente à Catedral. Para tanto, o rapaz utilizou-se de cascas de ovos cheias de tinta, arremessando-as contra a estátua. Pedro Amaral, que estaria acompanhado de um outro jovem, é filho do embaixador José Estanislau do Amaral Souza Neto, diretor-geral do Instituto Rio Branco, em Brasília.

A reportagem de VEJA SÃO PAULO esteve esta manhã no local de residência do acusado, um condomínio de casas de luxo no Real Park. Segundo a portaria, não havia ninguém em casa. Em Brasília, por meio de sua secretária, o embaixador disse que não vai se pronunciar.

Monumento Apóstolo Paulo
Monumento Apóstolo Paulo, na Praça da Sé: pichado nesta madrugada (Divulgação)

Feita em bronze e com 3,5 metros, a estátua pichada fica em frente à Catedral da Sé e representa a imagem do Apóstolo Paulo. Inaugurada em 2009, foi um presente da Igreja Católica em homenagem aos 2 000 anos de nascimento do santo. Criada pelo escultor paulista Murilo Sá Toledo, a estátua representa a figura do apóstolo perplexo perante a voz de Deus.

De acordo com a ocorrência, Pedro Amaral de Souza disse estar “protestando contra diversas ações políticas” e “realizando intervenção artística”, mas que protestava principalmente contra o prefeito João Doria.

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Repercussão – Acompanhado do arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, Doria depositou flores no pé da estátua e falou sobre a pintura. “Depositamos as flores aqui não só em homenagem, mas em solidariedade à tristeza que é. Isso é o vermelho do sangue”, afirmou o prefeito. “As pessoas que fazem isso não gostam da cidade de São Paulo. São pessoas que agridem a nossa cidade. São pessoas que não amam São Paulo. E por não amar São Paulo também não tem amor próprio. Quem não tem amor próprio não tem fé.”

O prefeito afirmou que pediu ao prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, que mantivesse a pintura exatamente como foi feita na madrugada. Na sequência, funcionários da Prefeitura iniciaram a limpeza do monumento. Antes, Doria havia participado de um ato cívico em homenagem ao aniversário da cidade no Pátio do Colégio, local de fundação de São Paulo, em 1554, bem próximo da Praça da Sé (com Mariana Gonzales e Estadão Conteúdo).

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