Femi Kuti se apresenta no festival Batuque — Conexão África-Brasil
Filho do criador do afrobeat toca no sábado (18) e no domingo (19), no Sesc Santo André
Desde 2002, o Sesc Santo André promove eventos calcados em música negra no fim do ano. Até 2009, o projeto se chamava Indie Hip-Hop e se centrava mais nesse gênero. Agora, o foco foi ampliado. A iniciativa da vez atende pelo nome de Batuque — Conexão África-Brasil e quem estimula uma ida à cidade do ABC é o cantor, saxofonista, trompetista, tecladista e compositor Femi Kuti, que lá se apresenta no sábado (18) e no domingo (19).
Nascido em Londres, Femi, de 48 anos, carrega o afrobeat no DNA. Seu pai, o genial cantor e multi-instrumentista nigeriano Fela Kuti (1938-1997), foi o inventor do estilo. Personagem de uma biografia na qual se baseia um musical em cartaz na Broadway, Fela inovou com suas fusões de jazz, funk, sonoridades africanas e pregação política. O herdeiro Femi bebeu na fonte, mas não se tornou um mero imitador. Uma das diferenças reside na duração das faixas, de quatro a seis minutos com ele e que chega a meia hora no comando de Fela. À frente de treze músicos, Femi toca o repertório do CD “Africa for África”. Torça pela inclusão também de temas de “Shoki Shoki” (1999), como “Beng Beng Beng”. Marisa Monte aparece na lista de fãs do álbum.
Antes de Femi Kuti, há duas apresentações por dia de artistas brasileiros de vertentes variadas. No sábado têm vez o rap do grupo Elo da Corrente e o samba do intérprete Kiko Dinucci. Maurício Takara e Maquinado, cujas referências transitam entre as batidas eletrônicas e o rock, são as atrações do domingo.