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Famílias só deixarão área de risco na Zona Leste após obra antienchente

Construção na Vila Itaim, prometida desde 2013, deve começar a sair do papel apenas no segundo semestre

Por Nataly Costa
Atualizado em 1 jun 2017, 17h03 - Publicado em 20 fev 2015, 15h37
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    As 366 famílias que vivem hoje em áreas de risco na Vila Itaim (Zona Leste), bairro que está alagado por causa das chuvas desta semana, só serão retiradas do local após a construção de uma obra antienchente. O pôlder (reservatório para água das chuvas) é prometido desde 2013, mas só deve começar a sair do papel no segundo semestre deste ano. “Não adianta tirar as famílias antes de começar a obra porque o local logo é reocupado. É um trabalho inócuo”, disse, nesta sexta-feira (20), o prefeito Fernando Haddad (PT).

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    Ao lado prefeito, o superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Ricardo Borsari, afirmou nesta sexta-feira (20) que o edital para as obras do governo do estado só sairá em abril. Ele também criticou, indiretamente, a fiscalização da ocupação de áreas de mananciais, que é de responsabilidade da prefeitura. “É preciso que essas ocupações sejam reguladas e contidas”, disse o superintendente do Daee. A ocupação da Vila Itaim foi regulamentada pelo governo municipal, que cobra IPTU das residências na região.

    A construção do pôlder é uma compensação ambiental pelo alargamento da Marginal Tietê, feita pela Dersa, que é do governo estadual. Inicialmente, a proposta de contrapartida do estado era a plantação de eucaliptos, mas Haddad pediu a troca por uma obra antienchente na Zona Leste. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a anunciar o lançamento da licitação em 2013, o que não aconteceu. 

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    Segundo Borsari, a construção deve durar de quatorze a dezesseis meses. Enquanto isso, as famílias continuarão sofrendo os efeitos das enchentes constantes. “Em 2009, o Jardim Romano ficou 62 dias inundado. Acho que agora vai ser menos”, disse o superintendente do Daee. 

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    Para Borsari, as únicas soluções para alagamento em regiões de várzea são desocupá-las ou instalar uma estrutura de pôlder, para proteger as casas. A instalação de bombas, afirmou, “não adianta nada”, pois como o rio está transbordado, as bombas acabam jogando água para o rio e o rio devolve para o bairro alagado. Na quarta-feira, a prefeitura anunciou que instalaria três bombas para drenar a água na Vila Itaim.  

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    A prefeitura tem outras onze obras antienchente em andamento na cidade – oito em fase de licitação e três que ainda nem foram licitadas. Mas, pela divisão de tarefas com o governo, rios que ultrapassam os limites da cidade são de responsabilidade do Estado, como o Tietê – bairros como Vila Itaim e Jardim Pantanal ficam na área de várzea do Tietê. 

    Por enquanto, as famílias prejudicadas pelas chuvas estão recebendo apoio da Defesa Civil e de assistentes sociais. 

    (Com Estadão Conteúdo)

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