Para celebrar seus trinta anos de carreira, a atriz carioca Ana Luísa Lacombe leva ao Tucarena uma trilogia produzida por sua companhia, a Faz e Conta. Geralmente sozinha no palco, ela conquistou espaço na cena teatral infantil ao envolver os pequenos em contos de diversas origens, numa tênue fronteira entre o teatro e a narração de histórias.
Abre a mostra Fábulas de Esopo. Nesta montagem de 2003 embalada por percussão de Betinho Sodré, a intérprete dá vida a Aurora, uma narradora que, por meio de objetos recolhidos no lixo, apresenta três fábulas. Em setembro, tem vez ‘Lendas da Natureza’ (2006), peça inspirada em dois mitos indígenas com a qual faturou o Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem de melhor atriz. ‘O Conto do Reino Distante’ (2008), sobre uma princesinha cheia de atitude, entra em cartaz em outubro.
O interesse da atriz por montagens voltadas às crianças surgiu no Teatro Tablado, do Rio de Janeiro, quando era aluna de Maria Clara Machado. Em 2002, nasceu o grupo Faz e Conta. Seu expressivo estilo de interpretar, cheio de caras e bocas, utiliza um formato incomum nas produções destinadas às crianças, o solo. “No começo, eu não fazia ideia de como sustentar um espetáculo sozinha. Percebi então que precisava trabalhar o texto até ser dona dele”, diz.