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“Espero que ele fique preso”, diz procuradora agredida por colega

Gabriela defende que Demétrius seja acusado por tentativa de feminicídio; ela classificou como previsível ele ter buscado acolhida em hospital psiquiátrico

Por Clayton Freitas
Atualizado em 23 jun 2022, 13h01 - Publicado em 23 jun 2022, 12h51

Após a prisão de Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, procurador que a agrediu, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39, diz que se sente mais tranquila e que deseja que ele fique presto pelo resto da vida.

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Gabriela é procuradora-geral da prefeitura de Registro, no interior do estado. Ela recebeu diversos socos e chutes desferidos por Demétrius na última segunda-feira (20), no local onde os dois trabalhavam, na prefeitura da cidade.

Em vídeo, Gabriela disse ter ficado muito satisfeita com a prisão e se sente mais segura agora. Também agradeceu todo o apoio que recebeu. Confira abaixo.

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Em entrevista à Vejinha, ela disse que apesar das várias agressões que sofreu, ela está fisicamente bem, embora as dores de cabeça continuem. “O que o Demétrius fez foi uma tentativa de feminicídio, com golpes direcionados para a minha cabeça, tentando me matar”, afirma.

A procuradora-geral diz que se de fato for constatado que ele sofre problemas psiquiátricos, que seja monitorado pelo resto da vida. “É fácil fazer isso e depois dar uma de louco. Ele não tem condições de viver em sociedade”, diz.

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Ela está em São Paulo nesta quinta-feira para encontros com autoridades como o deputado Alexandre Frota (PSDB) e a procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês dos Santos Coimbra.

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Gabriela afirmou que emocionalmente ainda está muito abalada, mas que pretende voltar ao trabalho já nesta sexta-feira, apesar de ter alguns exames médicos que ainda precisa fazer para saber qual foi a extensão das agressões que sofreu, que lhe deixaram o olho roxo e também dores.

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Ela confirmou que já manteve relação de amizade com Demétrius, mas que ele começou a se mostrar diferente no momento em que ela foi promovida de cargo.

Relembre o caso

O covarde espancamento aconteceu perto as 17h da última segunda-feira (20) dentro do local onde Demétrius e Gabriela trabalhavam, na sede da prefeitura de Registro. Imagens da agressão mostram Demétrius xingando e desferindo vários socos contra a colega e inclusive chega a derrubá-la no chão. Mesmo caída, Gabriela continua sendo agredida com pontapés. Ao se levantar, leva mais um soco no olho. Outras colegas da procuradora-geral tentam conter Demétrius, sem sucesso. Ela consegue se trancar numa sala e Demétrius acaba sendo contido por dois homens que ouviram os gritos.

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Em depoimento à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Gabriela afirmou que Demétrius vinha apresentando atitude grosseira contra uma funcionária da unidade. Ao ser questionado a respeito, no dia 30 de maio, ele foi ríspido na resposta e a expulsou da sala.

A procuradora-geral pediu à Secretaria de Administração, responsável por cuidar da situação dos funcionários públicos, a abertura de processo disciplinar para averiguar o comportamento do colega. Os nomes dos integrantes da comissão responsável pelo processo foram divulgados no Diário Oficial da cidade de Registro na última segunda. Gabriela disse em seu depoimento à polícia que este teria sido o motivo que pode ter justificado as agressões do colega.

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Após a agressão, o procurador se apresentou espontaneamente à polícia e confessou ter espancado a colega. Mesmo assim, saiu pela porta da frente, já que o delegado responsável não julgou ser necessária nenhuma medida a respeito além do registro da ocorrência. A justificativa, posteriormente divulgada, é a de que ele não teve acesso as imagens da agressão.

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O prefeito Nilton Hirota (PSDB) ser totalmente contra qualquer tipo de violência. “Venho manifestar toda a minha indignação contra o ato execrável e abominável”, afirmou.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do procurador.

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