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“Equivalência bélica não vai resolver o problema”, diz coronel da PM

Sobre a proposta de armar professor, ele diz: "É uma bobagem"

Por Estadão Conteúdo
13 abr 2019, 10h11

O secretário executivo da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Alvaro Batista Camilo, afirma que o Estado intensificou rondas escolares e aposta em tecnologia e em informação da comunidade para evitar novas tragédias. Sobre a proposta de armar professor, ele diz: “É uma bobagem”.

Após a tragédia de Suzano, muitos pediram mais policiamento nas escolas. O que foi feito?

Nossa primeira medida foi intensificar a ronda tanto em escolas estaduais quanto em municipais. Antes, a viatura aparecia na hora da entrada e da saída, agora passa mais vezes, fica por mais tempo. A Polícia Militar emprega 900 homens e 940 viaturas só na ronda escolar. Efetivamente, são 740 viaturas monitorando escolas do Estado inteiro. Cada viatura passa, em média, em oito colégios. E todas as outras guarnições – patrulhamento de área, Rocam, polícia de trânsito – foram orientadas a dar atenção sempre que passar na frente de uma.

O governo do Estado discute um pacote de segurança para as escolas. Quais são as propostas?

Nós criamos uma linha direta entre a escola e a PM, que já está funcionando. Qualquer ocorrência na escola, agora, não passa mais pela triagem do call center: já cai direto para despacho de viatura. Também estamos estudando incluir as câmeras de monitoramento das escolas no programa Detecta. Não que a polícia vá ficar monitorando o tempo todo, mas se for identificado um problema, ela já pode fazer o acesso remoto.

As escolas terão controle de acesso, com portão eletrônico e raio X, por exemplo?

Precisa ter um mínimo de controle, que pode até ser a figura do coordenador de ensino ou do inspetor. Individualmente, está sendo elaborado um estudo de vulnerabilidade das escolas, para saber a necessidade real de cada uma. Então há quem discuta colocar portão eletrônico, isso seria mais para o futuro. Outras falam em contratar um PM aposentado para trabalhar de inspetor e morar na escola. É discutido.

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Nos EUA, chegou a ser discutido armar o professor na sala de aula. Essa proposta pode ser trazida para São Paulo?

Isso é uma bobagem, não deve ser feito. Armar o professor para dar segurança em sala de aula, não. Se o professor quiser se armar por proteção individual dele, é uma coisa. Mas para proteção da escola, não. A segurança vai ser propiciada com a comunidade envolvida e com todo mundo dando informação para a polícia. Não é com equivalência bélica que nós vamos resolver.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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