Cracolândia ainda reúne cerca de mil dependentes químicos
Cálculo é da Prefeitura de São Paulo, que prepara ação conjunta com o governo estadual para tratar do assunto e que será lançada no dia 23
A Cracolândia ainda reúne cerca de mil dependentes químicos, segundo estimativas da própria Prefeitura de São Paulo. O número foi revelado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) na manhã desta sexta-feira (13), durante visita às obras de mais uma unidade da Vila Reencontro, que está sendo erguida na região do Anhangabaú, no Centro da capital.
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“Em 2016 eram cerca de 4 000 dependentes químicos na Cracolândia, e hoje, está entre 900 a 1 000. Houve um avanço, mas a gente precisa continuar avançando”, disse.
O comentário foi feito a um questionamento a respeito das ações conjuntas que a administração municipal pretende fazer em parceria com o governo estadual, e que devem ser lançadas no dia 23 deste mês, antevéspera do aniversário de 469 anos da cidade e São Paulo.
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Uma das promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), é dar atenção especial para tentar resolver a questão da Cracolândia, que se arrasta há mais de 30 anos na capital. Ele escalou o seu vice, Felício Ramuth (PSD), para tratar do assunto.
“A gente tem muita convicção, a Prefeitura de São Paulo e o governador Tarcísio, em resolver esse problema”, disse Nunes.
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Além das ações de saúde, o pacote a ser anunciado no próximo dia 23 envolve ações de segurança. A reportagem da Vejinha apurou que um dos pontos dessas ações é a Praça da Sé, que nos últimos dias recebeu reforço nas ações de zeladoria, tais como poda de vegetação e ainda limpeza dos espelhos de água existentes. Apesar disso, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira, a chamada “feira do rolo”, onde pessoas se reúnem para vender produtos de origem duvidosa, persiste e incomoda comerciantes e quem passa pela região.
Ainda segundo o prefeito, ele se reunirá com os dirigentes do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Justiça para tratar da questão da Cracolândia. Ele disse que exames feitos pela Secretaria Municipal de Saúde nos dependentes químicos constatou que 51% sofrem com problemas graves de pulmão, e, entre aqueles com sequelas, a maior parte está com pelo menos 50% da função pulmonar comprometida. “As pessoas estão caminhando para a morte, e não vamos fazer nada?”, questionou.