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CPTM repassou 65% dos trens das linhas 8 e 9 com revisão vencida

Um deles foi o que bateu em defesa da barreira de concreto da estação Júlio Prestes no dia 10 de março

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 Maio 2022, 13h20 - Publicado em 6 Maio 2022, 13h18
Trem colide com barreira de proteção na estação Júlio Prestes
Trem colide com barreira de proteção na estação Júlio Prestes (Reprodução/Arquivo Pessoal/Band/Veja SP)
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Um documento elaborado pela ViaMobilidade indica que a concessionária recebeu 65% dos trens das linhas 8-diamante e 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) com a revisão vencida.

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A empresa passou a operar as duas linhas a partir do dia 27 de janeiro deste ano. Desde então, os usuários relatam uma série de problemas, conforme revelou reportagem da Vejinha no dia 14 de abril. Até então, haviam sido registradas 40 ocorrências nas duas linhas. Especialistas, entre eles Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela USP e perito em investigação de acidentes, criticam a situação e cobraram providências.

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O documento com os detalhes da fala de revisão foi obtido pelo portal Diário da Mobilidade e confirmado pela reportagem. Ele informa ainda que algumas composições rodavam com mais de dois milhões de quilômetros sem a revisão do conjunto de rodas. Elas deveriam ter sido feitas quando eles atingissem 1,2 milhão de quilômetros.

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A mais grave das ocorrências desde que a ViaMobilidade começou a operar as duas linhas foi registrada no dia 10 de março, quando um trem bateu numa barreira de concreto da estação Júlio Prestes, deixando dois feridos. Esta composição era uma que estava sem revisão, porém, ficou constatado posteriormente se tratar de falha humana na operação. O operador foi demitido.

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Sob anonimato, técnicos disseram à reportagem do Diário do Transporte que a falta de revisão pode levar a problemas na frenagem, tração e até início de incêndio nas rodas.

Em nota, a CPTM informou que a idade média dos trens concedidos às linhas 8 e 9 são de 11 anos. Segundo a empresa, a vida útil de uma composição é de 40 anos.

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A CPTM disse ainda que os trens tanto das linhas sob sua administração quanto da ViaMobilidade passam por manutenção regular.

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“O processo de transferência dos trens da CPTM à concessionária foi devidamente validado por Auditoria Independente, sendo que a CPTM atendeu ao especificado no edital de concessão e, inclusive, destacamos que o corpo técnico da concessionária foi treinado ‘in loco’ nas revisões preventivas e atendimento de falhas”, informa.

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