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Chefe do comitê científico de Doria diz ser “impensável” Carnaval de rua

Apesar disso, médicos que auxiliam governador dizem ser viável fazer controle das pessoas que vão conferir os desfiles no Sambódromo

Por Clayton Freitas
Atualizado em 5 jan 2022, 17h01 - Publicado em 5 jan 2022, 14h54
Imagem mostra multidão colorida no Carnaval.
Carnaval de rua em São Paulo (Marivaldo Oliveira/Estadão Conteúdo/Veja SP)
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O médico João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico do governo João Doria (PSDB) para lidar com a pandemia de Covid-19, afirmou ser “impensável” o Carnaval de rua neste ano.

“Nós não temos como fazer o controle. É liberado para participação de todos, não tem como a gente acompanhar se a pessoa está vacinada, e a aglomeração é imensa. Isso, nesse momento, é impensável manter o Carnaval nessas condições”, afirmou.

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Gabbardo porém afirmou que os desfiles das escolas de samba apresentam uma outra característica, similar ao que ocorre nos estádios de futebol, e deu a entender que não há impedimento do ponto de vista médico para que ocorram. Desde o final do ano passado as arenas de futebol puderam receber novamente os torcedores.

“É uma situação muito parecida com o que ocorre nos estádios de futebol, em que há a possibilidade da gente ter controle nesse ambiente. Exigir que todas as pessoas estejam vacinadas, e a orientação para que continue usando as máscaras, tanto as pessoas que estão assistindo, quanto aquelas que irão participar do desfile”, disse.

A avaliação foi feita durante a coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (5) no Palácio dos Bandeirantes, com a participação de João Doria (PSDB) e integrantes de sua equipe para falar das medidas que estão sendo tomadas para combater a pandemia do novo coronavírus. Uma delas é a de que o estado já tem um plano para vacinar 4,3 milhões de crianças de 5 a 11 anos.

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“A decisão do Carnaval é uma decisão que cabe às prefeituras”, disse Doria. “A posição do governo do estado de São Paulo é a de que não é o momento para aglomerações, a recomendação é evitar que aconteça”, complementou.

Citando dados de como foi o pico da doença em outros países que tiveram infestação de casos da variante Ômicron, o infectologista Esper Kallas, também integrante do Comitê Científico, afirmo que a recomendação que vem sendo dada é a de se evitar.

Gabbardo lembrou ainda que embora seja possível o controle dentro do sambódromo, haverá aglomerações de pessoas nos transportes públicos, sobretudo ônibus, trem e metrô, que irão assistir e participar dos desfiles. “É um risco mito alto”, afirmou.

Por sua vez, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, relativizou. Ele disse o Carnaval só deve ocorrer no final do mês de fevereiro e que “muita coisa ainda pode acontecer” até lá. Porém, lembrou ser preocupante qualquer atividade que gere aglomerações. “É um momento de exposição, é um momento de risco”, disse.

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Capital
Até agora, 696 blocos estão autorizados a sair às ruas no Carnaval. Se isso se concretizar, a quantidade de pessoas que deve participar da festa deve ser a maior realizada até agora. E os desfiles no Sambódromo do Anhembi também estão autorizados, inclusive os ingressos para assistir as escolas de samba estão praticamente esgotados.

Inicialmente a cidade de São Paulo só definiria se teria ou não Carnaval no dia 10 deste mês, próxima segunda-feira, após o envio de dados epidemiológicos pela Vigilância Sanitária ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Ante a explosão do número de Influenza na capital, e, na esteira disso, elevação de casos de Covid, a análise será entregue até amanhã, quinta-feira (6). Nesta data a prefeitura decidirá se mantém a programação ou não.

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