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Centro de assistência da Sé ficou 7 dias sem limpeza, dizem funcionários

Local atende população em situação vulnerável na Avenida Tiradentes; prefeitura nega interrupção

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 20 Maio 2020, 20h42 - Publicado em 20 Maio 2020, 20h22

Servidores do Centro de Referência de Assistência Social da Sé contaram para a Vejinha que o local ficou sete dias sem a presença de funcionários da área de limpeza. Eles denunciaram também a falta de equipamentos de proteção para o atendimento em meio a pandemia da Covid-19, além de deficiência de itens básicos nos banheiros da unidade. A Prefeitura de São Paulo nega que o local tenha ficado sem limpeza.

Segundo João Gabriel, vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, a limpeza foi retomada na manhã de terça-feira (19), após ameaça dos servidores de paralisação das atividades. Os funcionários, que preferiram não se identificar por medo de represália, enviaram um texto conjunto sobre a situação do local, que, segundo eles, era “insalubre”. O endereço que fica na Avenida Tiradentes é responsável por ajudar a população a ter acesso a programas de assistência social do governo federal, estadual e municipal.

“No período de pandemia, a limpeza e a desinfecção dos ambientes da assistência não foram intensificados. O cenário é de lixo acumulado, falta de insumos para a desinfecção, chãos imundos, salas de atendimento sem limpeza, banheiros interditados…”. Segundo os servidores, a procura para o cadastramento no auxílio emergencial do governo é um dos motivos que vem causando “aglomerações nas unidades” do serviço social, e uma maior preocupação com a alegada ausência na limpeza.

Entrada do Cras Sé, na Avenida Tiradentes (Arquivo pessoal/Divulgação)

João Gabriel afirma que a funcionária terceirizada que era responsável pelo centro teve um problema de saúde. “Ela teve um AVC”, diz ele, que relata que, após o episódio, a mulher foi afastada do trabalho e não foi substituída. “Passaram-se sete dias e nenhuma providência foi tomada.” Os servidores relataram que se sentem “inseguros e expostos, pois percebem que estão colocando em risco suas vidas e da população mais vulnerável que atendem”. Informaram também falta de equipamentos de proteção individual, como máscaras e álcool em gel. “O fornecimento de EPis é feito de forma muito precária”.

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Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social negou as acusações e afirmou que “não houve interrupção na limpeza das 90 unidades da rede direta – Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centro Pop”. E segue: “Os serviços são realizados por uma empresa contratada com previsão de reposição de profissionais quando necessário. Diante do atual quadro de  pandemia foram repassadas orientações específicas sobre as rotinas de limpeza necessárias, seguindo recomendações das autoridades sanitárias, a disponibilização de equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas e álcool em gel) para os servidores”.

 

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