São Paulo tem dois grandes cemitérios israelitas, um na Vila Mariana, fundado em 1919, e o outro no Butantã, de 1953. Ali, os costumes são diferentes dos de necrópoles cristãs. “Os túmulos possuem apenas uma lápide, com o nome do falecido e o de seus pais, além da data de nascimento e morte”, explica Jose Goldfarb, coordenador da cátedra de cultura judaica da PUC. Antes do funeral, o corpo passa por um banho, acompanhado por orações. Depois, é enrolado em uma mortalha. No velório, o caixão permanece fechado. “Queremos que seja preservada a imagem de quando a pessoa era viva”, afirma Goldfarb. Entre as regras desses endereços está o enterro de suicidas em locais mais afastados. Ao visitarem os parentes, os fiéis deixam pedras e acendem uma vela em uma caixa reservada.