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Arquitetos e decoradores testam novas tecnologias na CASACOR

O maior evento de design de interiores do Brasil é vitrine de novidades para o domicílio — desde cápsula de flutuação até paredes de câmaras frigoríficas

Por Pedro Carvalho
16 jun 2023, 06h00
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Cápsula de flutuação: “mini-Mar Morto”. (Odissea/Divulgação)
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Em meio a tantos móveis, tapetes e outros itens de decoração, o visitante da CASACOR pode passar despercebido por algumas inovações tecnológicas “escondidas” nos 74 ambientes da mostra.

“Para alguns expositores, somos uma espécie de laboratório onde podem ver a reação do público a um produto antes de lançá-lo no mercado”, explica Darlan Firmato, arquiteto, gestor de eventos e sustentabilidade da CASACOR.

Um exemplo é a “cápsula de imersão” instalada no ambiente do paisagista Ricardo Pessuto. Feita da mesma fibra usada em barcos, ela cria um “mini-Mar Morto” em seu interior, onde o corpo flutua sem esforço — o equipamento contém 1 000 litros de água com 450 quilos de sal dissolvido, concentração tão alta que impede a submersão.

A água é mantida em uma temperatura próxima à da pele. “Dá a sensação de que você não está tocando em nada”, afirma Daniel Almeida, sócio da Odissea, empresa que fabrica o item.

Nas contas dele, o potencial de venda para hotéis, clínicas e academias é alto. “No Brasil, existem apenas seis centros que oferecem esse tipo de terapia. Nos Estados Unidos, são mais de 7 000 e o método tem garotos-propaganda como Stephen Curry e Tom Brady (astros do basquete e do futebol americano)”, ele conta.

Uma cápsula importada custa em média 230 000 reais, enquanto a brasileira sai por 148 000 — as duas únicas marcas nacionais lançaram seus produtos em 2022.

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Parede de chapa de frigorífico: alvo é o mercado de luxo. (Renato Navarro/Divulgação)

Às vezes, a tecnologia está oculta na própria parede do ambiente, como na casa que os arquitetos Caio Bandeira e Tiago Martins criaram para a mostra (acima). Em vez de tijolos ou drywall, a construção utilizou painéis iguais aos de câmaras frigoríficas.

“Não conheço nenhum projeto semelhante no Brasil. Nós empregamos as chapas visando ao mercado de alto padrão”, afirma Bandeira — cujo escritório, o Architects + CO, tem diversos clientes em condomínios de luxo como o Fazenda Boa Vista.

A ideia é que as moradias sejam montadas em uma fábrica, com diversas facilidades em relação a uma obra comum, para depois serem levadas ao terreno. “É uma casa industrializada, porém é resistente e permite várias personalizações”, ele diz.

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Janelas de linho: opção ao brise. (Felipe Araujo/Divulgação)

Quem procura inovação na CASACOR também não pode deixar de reparar nas janelas feitas de linho do ambiente criado pelo arquiteto Quintino Facci (acima). “Elas controlam a passagem da luz. Podem ser usadas para substituir um bri sesoleil, por exemplo”, ele explica.

Outro atrativo são as soluções para manter as plantas vivas em um ambiente fechado, como é o caso do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, onde acontece a mostra.

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Luz imita o ciclo do Sol: plantas saudáveis. (Caue Ribeiro/Divulgação)
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No ambiente do aclamado Sig Bergamin (acima), lâmpadas especiais imitiam o ciclo do dia e noite a cada vinte minutos. Vão do amarelo quente ao branco — e, em cada etapa, ouvem-se sons de pássaros diurnos e noturnos.

Na floresta criada por Ricardo e Alessandra Cardim, lâmpadas normalmente usadas na agricultura servem à decoração. A CASACOR vai até 6 de agosto.

Publicado em VEJA São Paulo de 21 de junho de 2023, edição nº 2846

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