Muita gente cruza as portas da Casa do Porto na expectativa de encontrar as prateleiras forradas de rótulos portugueses. Não é nada isso. A importadora é especializada em vinhos do Chile e da França e tem esse nome porque a sede fica em Vitória (ES), uma cidade portuária. O bistrô, aos fundos da loja, acomoda casais ou grupos de amigos a fim de harmonizar tintos e brancos com os pratos de acento franco-italiano bem executados pela chef capixaba Thaina Schwan.
Comece pelo aligot (26 reais). Ao adaptar a receita típica da França, Thaina incorpora ao purê de batata, trufado, uma mistura de queijos de cabra e emmenthal. Já a salada de folhas, figo e queijo azul Saint Agur, é regada por molho de vinho do Porto.
Nessa etapa, faz bom papel o agradável chardonnay chileno Baron Philippe de Rothschild, disponível em taça no dia da visita (a garrafa custa 44 reais). Entre os pratos principais figuram massas, risotos, pescados e carnes vermelhas. Duas sugestões: o penne com molho de queijo prima donna coberto por fatias superfinas de presunto cru (38 reais) e a tagliata de mignon – fatias grelhadas de filé, ao molho de vinho, bacon, cogumelo paris e cebolinha caramelizada. Na escolta, risoto de trufas brancas. Custa 57 reais. Atenção: no cardápio, há cerca de quarenta sugestões de rótulos para harmonização. Cerca de metade tem preços que batem nos três dígitos. Para não azedar o orçamento, vale desviar os olhos para as prateleiras e recorrer aos funcionários, que ajudam a escolher algo da loja, ajustado ao paladar e ao bolso. Exemplo: o merlot Carpe Diem a 54 reais. Há opções em taça, que mudam todos os dias. Os preços variam de 12 reais (brancos) a 15 reais (tintos). Espumante ou champanhe, só em garrafa.