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Capital terá 127 mil “forasteiros” votando pela 1ª vez na cidade

Um deles seria o ex-ministro Sérgio Moro, mas sua transferência de título foi negada pelo TRE-SP

Por Clayton Freitas
Atualizado em 10 jun 2022, 10h20 - Publicado em 9 jun 2022, 18h04
Sérgio Moro e Tarcísio
Transferência de título do paranaense Sérgio Moro (à esquerda), foi indeferida após questionamento do PT; PSOL entrou com representação contra mudança de título do fluminense Tarcísio Gomes foi também só para se candidatar pelo estado; Justiça irá avaliar (Agência Brasil/Reprodução)
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Por não conseguir comprovar seu vínculo com a cidade de São Paulo, o eleitor Sérgio Fernando Moro, 49 anos, teve a sua transferência de título de Curitiba (PR) para a capital paulista indeferida pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) em sessão realizada na última terça-feira (7).

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Diferentemente do ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato, que tinha pretensão de sair candidato pelo seu partido, o União Brasil, outras 127 122 pessoas poderão votar pela primeira vez na capital. Ou serem votadas, caso algumas delas venham a se candidatar nas eleições deste ano.

Tratam-se de pessoas que, assim como Moro, moravam em outros estados do país e pediram –e conseguiram– fazer a sua transferência de domicílio eleitoral entre os anos de 2021 e neste ano de 2022. Dados do TRE-SP mostram que foram 23 982 em 2021, e 103 140 neste ano.

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O número registrado de pedidos neste 2022 é 51% superior ao aferido em 2018, também um ano eleitoral, quando 68 244 pessoas moradoras de outros estados do país pediram a transferência.

Em todo o estado um total de 258 570 pessoas fizeram a transferência neste ano, e outras 57 171, em 2021. Portanto, 315 741 estarão aptas a votar e serem votadas no estado de São Paulo, o que nunca tinham feito antes, já  que moravam em outros estados. No comparativo com 2018, percebe-se um aumento de 19,8%, já que, naquele ano, foram 215 728 pedidos feitos.

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Tarcísio na mira

O questionamento da troca de domicílio eleitoral, que, na prática, impediu Moro de ser candidato, agora se vira também para o eleitor Tarcísio Gomes de Freitas, 46, mais conhecido como ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro ou por Thorcísio por seus fãs.

Isso porque o diretório estadual do PSOL entrou com uma representação contra a sua transferência de domicílio eleitoral de Tarcísio, o que ainda será avaliado pelo Ministério Público Eleitoral.

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Postulante a disputa do governo estadual, aparecendo em terceiro lugar nas pesquisas, Tarcísio também trocou de domicílio eleitoral. O militar da reserva é carioca, e, devido ao cargo que ocupava, morou nos últimos anos em Brasília. Ele pediu transferência para o estado de São Paulo por ter uma parente em São José dos Campos, no interior, o que, em tese, confirmaria o seu vínculo com o estado, apesar dele nunca ter fixado moradia em nenhuma parte o território paulista na maior parte de sua vida.

A mudança de domicílio eleitoral não é exclusividade de candidatos da direita ou extrema-direita. Marina Silva (Rede), que nasceu no Acre e já representou o eu estado no Senado entre os anos de 1995 a 2011, também se mudou para São Paulo.

Existem casos de pessoas que eram eleitoras em São Paulo e se mudaram para outro estado. É o caso, por exemplo, da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que pediu transferência para Brasília (DF).

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