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Brasileiros querem bebês loiros de olhos azuis, diz The Wall Street Journal

Reportagem de jornal americano constatou uma explosão no número de brasileiras que procura bancos de esperma no país; pele e olhos claros lideram procura

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 mar 2018, 16h36 - Publicado em 22 mar 2018, 16h26

Uma reportagem publicada no The Wall Street Journal mostrou uma explosão no número de mulheres brasileiras que procuram bancos de esperma nos Estados Unidos. De acordo com o jornal americano, a importação de material genético americano aumentou 3.000% nos últimos sete anos.

Embora mais da metade da população brasileira se declare negra ou parda, o perfil mais procurado tem pele e olhos claros. O texto cita um doador de “olhos diamante”, cabelo loiro e “algumas sardas no rosto” como um dos mais requisitados em banco de Seattle por “mulheres ricas do Brasil que estão importando o DNA de jovens norte-americanos em números sem precedentes”.

Um exemplo é a atriz Karina Bacchi, que teve o filho, hoje com sete meses, com sêmen de um doador americano loiro e dos olhos azuis. À época, ela afirmou que buscava material genético parecido com o dela, também loira de olhos claros.

Dados da Anvisa revelados pelo WSJ revelam que mais de 90% do material importado é de doadores brancos, enquanto a preferência por olhos azuis ultrapassa os 50%. Os cabelos castanhos lideram a lista, com 63,5%. Em 2016, os casais heterossexuais eram 41% dos compradores, seguidos por mães solteiras (38%) e casais lésbicos (21%).

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Para explicar a alta na procura, a reportagem cita a política de “branqueamento” dos séculos 19 e 20 e o “racismo persistente” no Brasil. “Em uma sociedade racialmente partida, ter pele clara é muitas vezes visto como um modo de dar melhores oportunidades à criança, de salários mais altos a tratamento mais justo pela polícia“.

Outra reclamação dos casais e mães solteiras é a falta de informações no perfil dos doadores brasileiros. Os bancos americanos fornecem informações de estilo de vida, formação, gostos pessoais e testes para doenças genéticas. Por aqui, os bancos são proibidos de comprar sêmen e o cadastro é bem menos detalhado.

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