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Bolsonaro diz que MEC estuda tirar dinheiro de áreas de humanas

Segundo ele, o objetivo é focar em setores "que gerem retorno imediato ao contribuinte", como veterinária e medicina

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 26 abr 2019, 12h32 - Publicado em 26 abr 2019, 12h31
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  • O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta sexta-feira, 26 que o governo deve “descentralizar” recursos para áreas de humanas, como filosofia e sociologia, em universidades. Segundo ele, o objetivo é “focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte”, como veterinária, engenharia e medicina. A informação foi dada via Twitter.

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    A mensagem dizia ainda que a ideia é um plano do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que recentemente criou uma conta na rede social. Em um segundo post, logo em seguida, o presidente afirmou que “a função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta”.

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    Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Weintraub já havia feito críticas ao investimento em áreas de humanas, dizendo que o filho de um agricultor deveria estudar áreas como veterinária e medicina, em vez de antropologia. “Precisamos escolher melhor nossas prioridades porque nossos recursos são escassos. Não sou contra estudar filosofia, gosto de estudar filosofia. Mas imagina uma família de agricultores que o filho entrou na faculdade e, quatro anos depois, volta com título de antropólogo?”

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    O Ministério da Educação (MEC) envia recursos para as mais de sessenta universidades federais do país. A política, se colocada em prática, afetaria principalmente pesquisas nas áreas de humanas. Os professores e pesquisadores podem sofrer corte de bolsas, por exemplo, já que a maioria delas também controlada por órgãos do MEC.

    Esse já era um temor de pesquisadores da área de humanas desde a eleição de Bolsonaro. Sem bolsa, eles não são capazes de fazer pesquisas, primordiais para aprimoramento e para a produção de novos conhecimentos.

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    Weintraub também já disse que é preciso combater o chamado “marxismo cultural” nas universidades. Nesta quinta-feira, 25, o ministro havia dito que iria anunciar medidas “agressivas” em breve.

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