Continua após publicidade

Bolivianos são libertados de trabalho análogo ao escravo no Bom Retiro

Segundo as investigações, as vítimas chegavam a trabalhar 14 horas por dia e depois dormiam no mesmo local, ao lado da máquina de costura

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 Maio 2024, 17h27 - Publicado em 18 mar 2022, 17h44
fiscalização
Polícia acompanha fiscalização em confecção (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
Continua após publicidade

Uma operação deflagrada nesta sexta-feira (18) em São Paulo libertou oito imigrantes bolivianos vítimas de trabalho análogo à escravidão em uma confecção no Bom Retiro, no centro da capital paulista. Durante a operação, que foi chamada de Andrápodon, duas pessoas responsáveis pela confecção foram presas por tráfico de pessoas e organização criminosa.

+“Ouvimos estalos, como se caíssem pedras”, diz vizinha de prédio em Paraisópolis

Segundo as investigações, as vítimas chegavam a trabalhar 14 horas por dia e depois dormiam no mesmo local, ao lado da máquina de costura.

A operação foi realizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania, por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de São Paulo (NETP), e pela Polícia Civil, com agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) e da 1ª Delegacia Seccional da capital.

“Há um trabalho repressivo de prender esses traficantes, que acabam enganando essas pessoas com falsa promessa de oportunidades e de melhor vida”, disse Fernando José da Costa, secretário de Justiça e Cidadania.

+Justiça condena “monstro da favela Alba” a 103 anos de prisão

“Há também um trabalho humanitário, feito pela Secretaria de Justiça e Cidadania do estado de São Paulo. São três etapas: a primeira inicia hoje, que é a etapa do acolhimento: essas pessoas serão direcionadas a um lugar melhor. A segunda é um trabalho já relacionado à capacitação: essas pessoas farão cursos de português, profissionalizantes, que é um trabalho de inclusão social e profissional. E vem junto o trabalho de regularização através do Centro de Integração da Cidadania do Imigrante (CIC) e do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, acrescentou o secretário.

Continua após a publicidade

Desde 2019, o NETP já recebeu 37 denúncias de casos de tráfico de pessoas, trabalho análogo à escravidão, adoção ilegal, exploração laboral da prostituição e exploração sexual e de desaparecimento. Desse total, 12 denúncias resultaram em força-tarefa e contribuíram para o resgate de 206 vítimas.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.