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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015
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“Ouvimos estalos, como se caíssem pedras”, diz vizinha de prédio em Paraisópolis

Edificação de três andares, feita sem base técnica, foi condenada pela Defesa Civil, mas dono não tem dinheiro para fazer demolição

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 mar 2022, 17h06 - Publicado em 18 mar 2022, 17h04

Um prédio de três andares, fora o térreo, localizado na Rua Itajubaquara, em Paraisópolis, foi interditado pela Defesa Civil pois corre o risco de desabar. No local viviam pelo menos dez pessoas, que não puderam voltar para suas residências. Outras quatro famílias, que moravam em casas localizadas na parte de trás da edificação condenada, também foram impedidas de retornar. 

“Ouvimos estalos, como se caíssem pedras. O prédio está visivelmente torto. Faz 40 dias que entramos em contato com a prefeitura, mas não nos deram respaldo. Fizeram cadastro de aluguel social, mas até agora nada. Eu moro atrás desse prédio, em uma casa com outras três no mesmo quintal. Todos precisamos deixar nossos espaços pois se o prédio desabar seremos atingidos, diz uma mulher que pediu para não ser identificada. “Eu morava sem precisar pagar aluguel e hoje preciso gastar 1 000 reais por mês”.

Em 10 de fevereiro, a Subprefeitura do Campo Limpo esteve no local e fez os laudos de interdição. “Determino a desocupação do imóvel, nas atuais condições, importando grave ameaça à integridade física de seus ocupantes”, disse o técnico municipal que assinou o documento.

imagem mostra parede verde com grande rachadura
Rachaduras fundas (arquivo pessoal/Divulgação)

Principal líder comunitário de Paraisópolis, Gilson Rodrigues disse que falou com vários órgãos da prefeitura, sempre recebendo promessas não cumpridas. “Nos últimos 40 dias falei com diversas secretarias, mas ninguém cumpriu o que prometeu. Sabemos que a responsabilidade pela demolição do imóvel é do proprietário, mas ele não tem dinheiro. Deixamos como está e esperamos ver o povo daqui morrer?”

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Procurada, a prefeitura não respondeu até a publicação da reportagem.

Típicas de comunidades, as construções sobrepostas, feitas sem critérios técnicos e estudos de engenheiros e arquitetos, são conhecidas por especialistas como “autoconstruções. Vejinha abordou o assunto em 2016 e em 2019 e mostrou obras nos quatro cantos da metrópole.

 

 

 

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