Atores do Hora do Horror agendam protesto no Hopi Hari por calote
O evento de halloween aconteceu entre 20 de outubro e 11 de dezembro
Quem for ao Hopi Hari na sexta (23) pode levar um susto. A partir do meio-dia, cerca de 200 atores e produtores deverão se reunir na porta do parque de diversões em Vinhedo para uma manifestação. São artistas, maquiadores e costureiros que fizeram o Hora do Horror, evento de halloween que aconteceu entre 20 de outubro e 11 de dezembro no local. Cada um deles receberia em média 3 500 reais pelos 31 dias de trabalho, que incluiu se fantasiar de monstro e interagir com os visitantes. Mas até agora, a equipe afirma que cada membro só levou 620 reais, o que significa uma ajuda de custo de 20 reais por cada dia.
O protesto é organizado por Emerson Gimenes, proprietário da K1, produtora responsável pelo Hora do Horror. “Fizemos um contrato com a direção do parque no valor de 950 000 reais para organizar todo o evento, mas até agora, eles só liberaram 269 000 reais, fora cinco cheques sem fundo”, diz Gimenes. Segundo ele, toda a quantia deveria ser paga até o último dia do evento.
O Hopi Hari afirma que o pagamento foi interrompido porque a produtora deixou de repassar a verba para os atores. “Fazíamos depósitos semanais, mas mesmo assim alguns atores se recusavam a ir trabalhar porque diziam não ter recebido”, alega Maurício Frate, responsável pelo marketing da empresa. “Com isso, chamamos o sindicato para negociar e queremos pagar os artistas diretamente, sem a intermediação da K1”, completa. Segundo Frate, a primeira reunião de acerto deverá ocorrer até 10 de janeiro.
“Isso não foi o combinado e faremos o protesto até receber o que temos direito”, rebate Gimenes. Em resposta à manifestação e ao imbróglio, a direção do Hopi Hari acena com “momentos de terror” nos tribunais.