Após repercussão negativa, Tarcísio diz agora que vai imprimir livros
Governador afirmou que medida foi “mal comunicada” após decisão de oferecer material didático 100% digital
Após uma saraivada de críticas de especialistas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) recuou e disse que o governo estadual irá oferecer, além de material didático digital, a versão impressa dos conteúdos aos alunos da rede estadual de ensino. A declaração foi dada no sábado (5), durante uma agenda do político na cidade de Biritiba Mirim, no interior.
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“Nós vamos encadernar esse material e entregar ele também impresso, encadernado. Ou seja, se o aluno quiser estudar digitalmente ele vai poder, se ele quiser estudar no conteúdo impresso, no caderno, ele também vai ter essa opção. As duas opções vão estar disponíveis”, disse a jornalistas.
A declaração ocorreu dias após o anúncio da Secretaria Estadual de Educação de oferecer apenas material didático 100% digital a partir de 2024 a alunos do 6º ao 9º ano, medida que impactaria perto de 1,4 milhão de alunos do estado, nos cálculos de uma associação do setor. Além de especialistas em educação, o Ministério Público Estadual também questionou a decisão.
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Tarcísio relativizou a repercussão negativa. “Tudo vira polêmica”, afirmou. Logo em seguida, admitiu erro de sua gestão. “Acho que as coisas às vezes são mal comunicadas por nós mesmos. O que acontece: ao longo desse ano, a gente fez um esforço muito grande de criar conteúdo digital. São aulas digitais, são mais de 6 mil aulas preparadas. Qual o objetivo disso: primeiro, facilitar o esforço do professor e também uniformizar, padronizar. Então isso vai garantir que um aluno que está na ponta do Vale do Paraíba vai ter o mesmo conteúdo que será ministrado aqui no Alto Tietê, no Vale do Ribeira, no Oeste do Estado, no Pontal do Paranapanema, na cidade de São Paulo”, disse.
Segundo ele, conteúdos digitais já são oferecidos pela rede estadual de ensino há tempos.
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Quem comanda a pasta de educação na gestão Tarcísio é Renato Feder. A pasta que ele responde mantém contratos com a empresa da qual ele é acionista, a Multilaser. Desde março a Promotoria do Patrimônio Público pediu esclarecimentos a respeito desse elo e também sobre atrasos na entrega de equipamentos da empresa da qual Feder é acionista.