Em SP, alunos do Ensino Médio terão uma aula a mais por dia em 2022

Estudantes da rede estadual terão 8 aulas diárias; R$ 300 milhões serão repassados a escolas e 10 000 professores serão contratados

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h54 - Publicado em 20 jul 2021, 19h00

Sala de aula: vazias durante a pandemia da Covid-19

O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou, nesta terça-feira (20), que o Ensino Médio da rede estadual terá uma aula a mais por dia, que será implementada gradativamente a partir de 2022. Ele também anunciou investimentos de R$ 303,5 milhões para o Ensino Médio do estado de São Paulo, além da contratação de até 10 000 professores.

Esses recursos serão repassados, via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-SP), para as 3,6 mil escolas estaduais que oferecem Ensino Médio. Pelo programa, cada escola recebe a verba e pode direcioná-la de acordo com a necessidade local. Com o aumento no número de aulas, haverá mais 121 000 aulas atribuídas e potencial crescimento de 12% no total de professores com aulas atribuídas.

O que muda com o anúncio

A partir de 2022, os alunos do Ensino Médio no período diurno passarão a ter 40 aulas semanais (8 por dia) em vez das 35 aulas semanais (7 por dia) que têm atualmente. No noturno, as 25 aulas semanais passarão a ser 33, um aumento de 8 aulas na carga geral.

A mudança será gradual. Os alunos do 2º ano do Ensino Médio terão uma aula a mais por dia já a partir do próximo ano, e os do 3º ano passarão a ter 8 aulas por dia em 2023. Nas turmas do período noturno, a ampliação para 8 aulas diárias irá ocorrer já a partir do 1º ano do Ensino Médio.

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Com relação à pandemia, as aulas presenciais não serão obrigatórias em agosto e em setembro cada escola pode reavaliar essa escolha. O ensino híbrido, com aulas online e presenciais, deve continuar, de acordo com o secretário estadual da Educação.

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Novo Ensino Médio

Segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, no ano letivo de 2021, a implementação do novo currículo do ensino médio teve início para os mais de 460 000 alunos matriculados no primeiro ano. Em 2022, o novo modelo será expandido para os alunos do segundo ano. Garcia e Rossieli também anunciaram a criação do programa de Atividades Complementares de Arte.

Até o momento, o Novo Ensino Médio atende estudantes do primeiro ano da rede pública estadual, por meio dos três componentes ofertados pelo programa Inova Educação – Projeto de Vida, Eletivas e Tecnologia e Inovação. A ideia é que o próprio aluno escolha uma ou duas áreas para se aprofundar em conhecimentos específicos, de acordo com o que lhe interesse.

Então, é possível optar por uma das dez opções de aprofundamento curricular que contenham uma ou uma combinação de duas das seguintes áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

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Um segundo grupo de formação mescla as áreas do conhecimento com a qualificação profissional, via Novotec Expresso, e permite aprofundamento curricular em uma das áreas do conhecimento e dois certificados profissionalizantes durante o ano. Programação, design, dados, tecnologia, ciências sociais e comunicação estão entre os cursos possíveis.

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O terceiro grupo de formação, alinhado ao programa Novotec Integrado, oferece a oportunidade de o estudante conseguir um diploma de curso técnico junto com o do Ensino Médio, em 21 opções de cursos técnicos: Administração, Marketing, Logística, Recursos Humanos, Comércio, Finanças, Contabilidade, Desenvolvimento de Sistemas, Informática para Internet, Serviços Jurídicos, Serviços Públicos, Guia de Turismo, Design Gráfico, Design de Interiores, Eventos, Nutrição e Dietética, Eletrônica, Eletrotécnica, Química, Análises Clínicas e Farmácia.

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A partir de 2022, o segundo ano contará com dez aulas semanais dedicadas ao aprofundamento curricular escolhido conforme as opções apresentadas pela escola. No terceiro ano, serão 20 aulas.

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