Acciona obtém R$ 6,9 bilhões do BNDES para linha 6-laranja do metrô
Concessionária informa contar com 100% do valor previsto para construção do novo ramal
A Acciona, sócia na Concessionária Linha Universidade, responsável pela construção da linha 6-laranja do Metrô, informou nesta quinta-feira (4) ter conseguido o financiamento de 6,9 bilhões de reais junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a obra.
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O novo ramal já está em construção e o consórcio leva esse nome por ligar, quando pronto, a estação São Joaquim, no Centro, até a Brasilândia, no extremo da Zona Norte, em 15 km de extensão, passando por universidades tais como a São Camilo, PUC, Mackenzie, Unip, FMU, Uninove e Faap.
Segundo o comunicado da Acciona, o modelo de financiamento com o BNDES é inovador para o banco, já que o empréstimo assinado inclui a concessão de garantias bancárias sem recurso que cobrem parcialmente o risco durante a construção. Tradicionalmente, o BNDES não assume riscos de construção.
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A obra é a maior PPP (Parceria Público-Privada) em construção na América Latina. Antes do acordo anunciado nesta quinta-feira, o governo estadual já havia se comprometido em contribuir com 7,8 bilhões de reais durante o período da construção. Uma segunda parcela do financiamento do BNDES, de 500 milhões de reais, a ser destinada em uma fase posterior, e garantias bancárias no valor de 3,3 bilhões fecham a conta prevista inicialmente para conclusão da obra, de 18 bilhões de reais.
Individualmente, a Aciona detém a maior participação societária, de 47%. Em seguida, vêm a Société Générale (39,7%); Stoa (12,3%); e Transdev (1%). O material rodante da linha será fornecido pela Alstom, fornecedora histórica do metrô de São Paulo.
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A linha 6-laranja, também chamada de LinhaUni pela concessionária, é a primeira PPP plena do país. Isso significa que o governo estadual ficou responsável apenas pelas desapropriações das áreas e fiscalização das obras, enquanto o parceiro privado assumiu toda a responsabilidade pela construção e operação.
As 15 estações devem estar totalmente prontas em 2025. Quando isso ocorrer, elas devem transportar 630 000 passageiros por dia.
Acidente
No dia 1º de fevereiro deste ano, um acidente em uma das frentes da linha 6-laranja do Metrô alagou o tatuzão, o nome popular do equipamento que abre os túneis, e criou uma cratera na altura da ponte da Freguesia do Ó. As pistas central e local no sentido Ayrton Senna ficaram interditadas por quase dois meses.
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O tatuzão ficou danificado pelo rompimento de tubulação de esgoto ao lado das obras. A previsão é que ele volte a operar ainda neste mês de agosto.
Apesar disso, as obras em outros pontos não pararam, já que a linha tem 35 frentes de trabalho.
Linha 2-verde
Uma outra obra em andamento relacionada à mobilidade, a de expansão da linha 2-verde do Metrô, poderá ter injeção de 2,88 bilhões de reais (US$ 550 milhões), fruto da aprovação do Senado para que o estado de São Paulo possa contratar empréstimos junto a Corporação Andina de Fomento.
A expansão prevê levar o ramal, que hoje termina na Vila Prudente, até a Penha, na Zona Leste, num acréscimo de mais 380 mil passageiros à demanda atual, fazendo com o que o ramal transporte 1,5 milhão de passageiros.
Com a expansão, a previsão é a de que as linhas 3-Vermelha e 1-Azul devem ser desafogadas, bem como a 11-Coral da CPTM.