Não é de hoje que profissionais de enfermagem se incomodam com a forma como são representados na novela Amor à Vida, exibida pela TV Globo. Depois de protestar muito nas redes sociais e ouvir uma resposta não muito animadora do autor Walcyr Carrasco, a classe resolveu elaborar um abaixo-assinado na web contra o folhetim das nove.

“Chega de desrespeito e humilhação no horário nobre. Sabemos que se trata de uma obra de ficção, mas o que as personagens usam e fazem ali formam opinião, viram moda, criam hábito. Fomos aos jornais, rádios e tevês explicar sobre os riscos da má interpretação no limiar entre o real e o fictício e esclarecer qual o papel da enfermagem na sociedade. Mas isso não foi suficiente para sensibilizar”, explica, no texto, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio, Pedro de Jesus.

De acordo com ele, o texto de Carrasco retrata a enfermagem como um “playground de médicos” (leia o comunicado oficial).

As reclamações começaram em junho, quando o conselho se irritou com a representação de Ordália, interpretada por Eliane Giardini. Segundo eles, a personagem, além de caricata, erra procedimentos médicos. Na época, Carrasco afirmou que teria liberdade para criar e que o papel da novela é contar uma história.

Vale lembrar que ex-chacretes e corretores também protestaram contra a novela e botaram a boca no trombone; ou melhor, na web.

O que você acha? Uma novela tem que retratar com rigor o trabalho de profissionais ou pode tomar liberdades na hora de narrar histórias? Aproveite e curta nossa fanpage no Facebook.

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