Novidades na Paulista
Para quem ainda não leu a edição atual de VEJA SÃO PAULO (nas bancas), há uma reportagem de minha autoria sobre os novos negócios imobiliários da Avenida Paulista. Ao menos cinco empreendimentos prometem mudar nos próximos anos a cara da avenida mais querida da cidade, pondo fim inclusive à existência de terrenos livres de edificações […]
Para quem ainda não leu a edição atual de VEJA SÃO PAULO (nas bancas), há uma reportagem de minha autoria sobre os novos negócios imobiliários da Avenida Paulista. Ao menos cinco empreendimentos prometem mudar nos próximos anos a cara da avenida mais querida da cidade, pondo fim inclusive à existência de terrenos livres de edificações na via. Leia a íntegra aqui.
Um escritório que está sendo fundamental nesta nova fase da Paulista é o Königsberger Vannucchi. Trata-se de um dos mais fortes nomes do mercado imobiliário paulistano, autor de cerca de mil (!) projetos em mais de quarenta anos de atividades. A dupla de arquitetos Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi se destaca pela realização de edifícios comerciais com uma concepção bem autoral. É o caso por exemplo dos premiados Top Towers, de 2005, na Rua Vergueiro (Aclimação), que remete um pouco a uma estrutura composta por peças de Lego, e o Brascan Century Plaza, de 1997, na Rua Joaquim Floriano (Itaim Bibi), onde ficam os cinemas Kinoplex.
Na Paulista, a dupla está por trás do mega retrofit do Sesc Avenida Paulista, fechado para reforma desde 2010, e da Paulista Tower, um prédio de escritórios com varandas voltadas para a vizinha Casa das Rosas. O projeto do Sesc consiste em ter uma série de aberturas internas entre andares e também na fachada para que seja possível ver as atividades que acontecem lá dentro. “Há inclusive uma proposta de termos um elevador panorâmico, para completar essa ideia”, disse Vannucchi. Quem passa pela calçada pode ver até mesmo algum show rolando no auditório no térreo. Lá na cobertura, no lugar da antiga Comedoria, um novo restaurante promete descortinar a mesma vista incrível da avenida. E um terraço no primeiro piso faz as vezes de praça elevada.
Já o Paulista Tower está sendo erguido num antigo casarão onde funcionava o escritório da seguradora Porto Seguro. As salas, de 36 a 596 metros quadrados, foram completamente vendidas pela Even, que para tanto não precisou nem investir em publicidade: bastou o boca a boca para o estoque se esgotar. Com fachada inspirada no edifício Pauliceia, localizado alguns quarteirões adiante, o Paulista Tower tem ainda varandas, atrativo bem incomum (e proporcionalmente sedutor) em prédios corporativos. Dali pode-se apreciar as roseiras da vizinha culturete.
Para o arquiteto Gianfranco Vannucchi, a volta da Paulista como um endereço comercial badalado tem por trás uma hipótese histórica. “Os empresários paulistanos sempre buscaram morar perto de suas empresas”, afirma, exemplificando o fortalecimento do centro quando Campos Elíseos era residência da elite ou da Berrini, com o surgimento das mansões do Morumbi. Segundo ele, atualmente, num mundo globalizado, as empresas são multinacionais e essa dinâmica caiu por terra. “Hoje, o que pauta a localização das empresas é a mobilidade que o entorno oferece”, afirma. E, nisso, ninguém ganha da Paulista.