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A Voz Mais Forte faz registro do assediador Roger Ailes, chefão da Fox News

Disponível no Globoplay, a série, estrelada por Russell Crowe, expõe a parcialidade jornalística do canal a cabo e os assédios sexuais do CEO

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 nov 2020, 12h46 - Publicado em 12 nov 2020, 12h46

A Voz Mais Forte — O Escândalo de Roger Ailes, disponível no Globoplay, vai muito além do filme O Escândalo, lançado nos cinemas em janeiro deste ano e disponível no Amazon Prime Video. A série, de sete capítulos, disseca a figura predatória de um dos homens mais influentes das telecomunicações nos Estados Unidos.
No primeiro episódio, Roger Ailes (Russell Crowe) faz um acordo para sair da NBC e, logo em seguida, é contratado por Rupert Murdoch (Simon McBurney) para criar a Fox News. Ailes forma seu time, monta a emissora num espaço (até pequeno) em Nova York e, em 1995, dá a diretriz do novo canal a cabo: estar alinhado com a direita, com os conservadores e apoiando, sempre, candidatos e presidentes republicanos. Ou seja: não haverá imparcialidade nas notícias da Fox News — e Murdoch aceita, dando carta branca ao CEO.

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No trato com os funcionários, sejam produtores, sejam jornalistas, seu estilo é agressivo, capaz de humilhar as pessoas publicamente, configurando assédios morais cada vez mais avassaladores.
Sua vida íntima também é devassada. Casado com Beth (Sienna Miller), Ailes coleciona amantes e faz de Laurie Luhn (Annabelle Wallis), responsável por agendar entrevistas na Fox News, sua escrava sexual.
A parte política e profissional, porém, domina os cinco primeiros episódios — e eles se tornam muito relevantes, justamente agora que Donald Trump perdeu a Casa Branca para o democrata Joe Biden.
Ailes, que morreu em 2017, aos 77 anos, nunca escondeu sua preferência por George W. Bush e, durante as campanhas presidenciais, o espaço prioritário na Fox News era dos oponentes de Barack Obama, uma das grandes pedras em seu sapato. A outra foi Gretchen Carlson (Naomi Watts), a apresentadora de um programa matutino que, cansada de ser escorraçada e assediada sexualmente por Ailes, abriu fogo contra ele num processo pioneiro.

Baseada no livro The Loudest Voice in the Room, de Gabriel Sherman, a série apenas cita a âncora Megyn Kelly (há imagens reais dela no bombástico bate-boca com Trump, em 2016), que se tornou a voz mais forte das acusações de assédio, conforme apontou o longa-metragem O Escândalo. Veja a série e o filme – a ordem não importa.
Para finalizar: Russell Crowe, que ganhou o Globo de Ouro 2020 de melhor ator de minissérie, é um monstro (em duplo sentido) em cena e tem a atuação mais voraz de sua carreira.

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