Troca de comando no Hopi Hari gera protestos no parque
Briga judicial entre sócios põe em risco funcionamento do parque em Vinhedo, que está em recuperação judicial
Na tarde desta terça (28), um grupo de cerca de 100 pessoas protestava em frente ao Hopi Hari, parque de diversões na região de Vinhedo, no interior paulista. A maioria é formada por funcionários do local ou parentes deles que reclamam de uma ordem judicial emitida pela 1ª Vara Empresarial de São Paulo no início da semana. Nela, José David Xavier, que administra o espaço desde o início do processo de recuperação judicial, em 2017, é destituído da administração.
“É uma manobra para desviar dinheiro e levar o negócio à falência. Vou entrar com um recurso e provar isso na segunda instância”, acusa Xavier, que também possui 5% das ações do empreendimento. Ele diz que o endereço deve faturar 75 milhões de reais em 2019. “Graças à minha gestão, o Hopi Hari está aberto e no azul.”
A ação para destituir Xavier foi movida pela empresa IG, por meio de seu novo dirigente, Nuno Vasconcellos, empresário português que se mudou para São Paulo após ser acusado de deixar uma dívida de aproximadamente 1,2 milhão de euros no grupo que geria no exterior. Atualmente, o IG e José Luiz Abdalla, dono do parque desde 2016, batalham pelo controle acionário do ponto turístico.
Em nota, a nova administração do parque afirmou que todos os postos de trabalho serão mantidos. “Mais do que nunca, a gestão quer superar essa fase de transição, a fim de que o Hopi Hari siga, cada vez mais, como o país mais divertido do mundo”, diz o informativo.
Abaixo, o vídeo com o protesto: