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Por Raul Juste Lores
Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura
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#SPSonha: quais são os projetos de revitalização para a Água Branca?

Prefeitos de diferentes épocas propuseram habitar o espaço, mas ainda hoje vemos a ocupação industrial e terrenos baldios

Por Raul Juste Lores
Atualizado em 22 fev 2019, 06h00 - Publicado em 22 fev 2019, 06h00

Enormes galpões, terrenos baldios, barracões de escolas de samba, centros de treinamento de futebol e até ferros-velhos dominam uma longa faixa ao sul da Marginal Tietê, do Pari à Lapa. É uma área próxima do centro, entre as estações de metrô Armênia e Barra Funda, cortada por avenidas como Pompeia, Antártica e Pacaembu.

Em uma cidade onde o trabalhador gasta em média mais de duas horas e meia por dia de casa para o trabalho, é um desperdício ter uma área central assim tão desabitada, gerando pouco emprego, pouca vida.

Em 1995, o então prefeito Paulo Maluf anunciou a chamada Operação Urbana Água Branca, para permitir o adensamento de um trecho dessa região. Quem quisesse construir ali compraria certificados da prefeitura. Só que, no mesmo ano, Maluf lançou outra operação urbana, a da Faria Lima, do Largo da Batata à Avenida Juscelino Kubitschek.

O mercado imobiliário preferiu pagar 2,36 bilhões de reais para edificar mais de 1 milhão de metros quadrados na “nova” Faria Lima. Em 2001, a prefeita Marta lançou a Operação Águas Espraiadas, que rendeu quase 4 bilhões à prefeitura, com o surgimento de 3 milhões de metros quadrados. Ambas as operações verticalizaram áreas sem metrô nem habitação (Berrini e Chucri Zaidan são resultado disso).

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Já a Água Branca ficou de lado. O prefeito Haddad mudou a operação em 2013, com a proposta modesta de colocar ali 60 000 novos moradores. Da verba arrecadada, 22% seriam destinados à habitação popular. O leilão, ocorrido durante a recessão gestada no governo Dilma, em 2015, quando imóveis encalhavam pela cidade, foi um fracasso.

Por isso, é estranho que a prefeitura vá lançar o adensamento do chamado Arco Jurubatuba, nas imediações de Interlagos, com menos infraestrutura que a Berrini. Será que a Água Branca vai acabar preterida novamente?

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 27 de fevereiro de 2019, edição nº 2623.

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