Justiça toma medida extrema para encerrar briga entre vizinhos
Casal foi obrigado a remover as cordas vocais de seus dois cães depois de cinco anos de disputa nos tribunais
Um casal foi condenado pela justiça a retirar cirurgicamente as cordas vocais de seus dois cachorros para que eles parem de latir e incomodar outro casal de vizinhos. O caso aconteceu em Oregon, nos Estados Unidos, depois de uma batalha judicial que já dura cinco anos.
Karen Szewc e John Updegraff tem dois cães das raças Mastim Tibetano e Mastim dos Pirenéus, na lista das maiores espécies caninas do mundo. Ele moram com o casal há 15 anos e foram adquiridos para proteger uma propriedade rural de quase 1,3 hectare. Nessa mesma época começaram as reclamações de vizinhos pelos “latidos incessantes” dos animais ainda na madrugada.
Irritados, os vizinhos Dale e Debra Krein entraram na justiça em 2012 alegando que os latidos atrapalhavam o sono dos dois . Eles também argumentaram que os pets assustavam familiares e crianças que os visitavam. De acordo com o jornal local The Oregonian, o casal chegou a gravar áudios para provar as acusações.
Ainda em 2015, os donos dos cachorros foram condenados a pagar 238 000 dólares (o equivalente a cerca de 750 000 reais). Mas, como não houve outras soluções para os latidos – como o uso de um spray de citronela ou a construção de uma barreira visual entre os cachorros e a propriedade vizinha -, a Justiça então ordenou a retirada das cordas vocais dos cães.
Alvo de críticas por crueldade, o polêmico procedimento é liberado no estado de Oregon, mas raramente costuma ser usado porque casos assim são resolvidos em um acordo.
Ao jornal, Karen Szewc, dona dos cachorros, disse que suas tentativas de silenciar os cachorros causaram danos em sua propriedade. Ela disse também que já submeteu outros cães à cirurgia, em 2010, mas logo depois um puma teria capturado seis carneiros em uma semana. “Foi um prejuízo de US$ 3.000.”
“Os cães são meus funcionários. Não temos os cachorros para incomodar os vizinhos, mas para proteger nossas ovelhas. A próxima linha de defesa é uma arma. Não tenho que usar uma arma, posso proteger minhas ovelhas com os cachorros. É uma maneira passiva de proteger o gado”, afirmou.
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